A paciência para o blog já não é a mesma - já não sinto tanto essa urgência em contar os pequenos episódios do dia a dia, leio ainda menos do que lia antes e há dias em que agendo posts quase por obrigação, para não me permitir a mim mesma desistir do único sítio onde ainda podia fazer exatamente aquilo de que mais gosto. Estou cansada de tudo isto - estou, mais do que nunca, afastada de toda a gente; já mal me recordo de como é ter uma conversa a sério com alguém e, no entanto, parece uma loucura que isto esteja a acontecer agora que passo o dia rodeada de pessoas. Mas sei lá. Não me apetece. Não me apetece falar, não me apetece fazer mais do que sorrir e acenar a estas gentes todas, e pedir-lhes que me deixem fazer o meu trabalho da forma mais silenciosa possível. Mas não temos direito a emudecer de vez em quando, pois não? Não posso pedir que não me falem só porque a minha vida está uma confusão e eu não sei no que acreditar durante dois minutos seguidos, pois não?
Achava que estava só cansada do blog e de tudo o que o envolve, mas acho que não. Achava que ter os dias preenchidos me iria fazer esquecer de tudo, mas enganei-me - ainda penso mais, nos intervalos de tempo em que não é preciso ouvir o que me dizem. Estou farta de tudo no geral e a precisar de respirar durante um bocadinho, recuperar o fôlego, e tentar de novo. Mas é só uma má fase, como tantas outras.
Ou, pelo menos, assim espero.
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