Ainda que esteja a atravessar um momento de mudanças drásticas a vários níveis, não mudei ainda o suficiente para que o pseudo-amor dos dias de hoje deixasse de transcender os meus níveis de compreensão. Não é por má vontade minha, juro, mas continua a fazer-me uma certa comichão que existem casais em que uma das criaturas decide que o morxituh não pode ir aqui ou ali porque assim não poderão estar juntos. Porque eles vivem juntos, comem juntos, bebem juntos, respiram juntos. Porque três nanossegundos a mais do que vinte centímetros um do outro lhes poderá ser fatal. Porque quem namora não tem amigos, não tem vícios, e nem uma punheta pode bater descansado sem que a gaja lhe esteja a perguntar se ele já não gosta dela.
Acho que foi mais ou menos assim que eu descobri que adoro ser solteirinha e boa menina - mas, por via das dúvidas, estou mesmo a tentar entender como é que alguém consegue viver assim e ainda dizer que é amor porque isto ainda me atormenta mais do que confundir a direita com a esquerda.
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