Pássaros que falam? Fadas madrinhas que lançam feitiços? Abóboras que se transformam em coches? Cavalos que afinal são ratos? Cinderela, precisamos de falar...
Eu amo com o corpo todo. Eu amo com o coração, com as mãos, amo até à ponta dos cabelos. Eu choro com o corpo todo, sofro inteira e inteiramente. Choram-me os olhos e a alma, os tornozelos e os dedos dos pés. E quando sofro, sofre o céu, sofrem as flores, sofrem os transeuntes, sofrem as pedras da rua… O mundo inteiro parece estar de luto. Eu não entendo o ameno, não sei o que isso é. (...)Eu não entendo o “vai-se andando”. Eu não “vou andando” para lado nenhum, o gerúndio demora tempo demais. Ou estou parada num sítio, apática e a falar sozinha, ou estou a 300 à hora, como se cada instante fosse um ano de vida. Eu não prefiro ter um pássaro na mão que dois a voar. Se existem dois pássaros – que estejam na minha mão – ou então que voem juntos e eu fico a admirá-los. Mas não me venham com meias coisas.Eu não entendo o “disfarça” ou o “não compres essa guerra”, “se eu não gostar de ti, vais saber”, “se não gostar de alguma coisa, vou dizer”. É que eu prefiro comprar guerras honestas que viver de pazes alugadas made in china.(...)Não sei se é uma bênção ou maldição, isto de ser inteira em tudo. É tudo intenso. É tudo catástrofe ou milagre, é tudo luz ou sombra. E pelo amor de Deus, que daqui a uma anos ninguém me descreva como a “gaja porreira”. Que me amem e me lembrem ou então, não queiram saber de mim.
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