[foi só no fim.
não foi durante aquele tempo todo. não foi enquanto me pedias que dissesse o que sentia. não foi quando me apertaste contra ti. não foi quando me deste beijinhos em todo o lado.
foi no fim, quando te foste embora. quando te vi a afastar.
foi só no fim que me senti a afogar num mar de dúvidas, que me apeteceu ir atrás de ti e perguntar como é que tudo isto é sequer possível, em que mundo é que isto faz sentido - porque não faz. nenhum.
demorei a sair dali, mas demorei muito mais a conseguir controlar as lágrimas; é uma espécie de tortura - uma tortura que sabe bem mas que, ainda assim, é uma tortura. não faz sentido nenhum, não tem como fazer. voltei para casa mais baralhada do que saí, mais incerta do passo a seguir do que estive neste tempo todo.
o que é que eu ando a fazer com a minha vida?
parece que ando a ver se me mato.]
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