Não gosto dos tipos que se gabam, dos que apresentam um currículo extenso como prova de que estão mais do que aptos para nos dar a melhor noite das nossas vidas. Não gosto dos que se orgulham de já ter pinado com 86 gajas diferentes, dos que juram a pés juntos que experimentaram todas as posições do kamasutra numa só noite, dos que acham que isso faz alguma diferença na hora de gostar ou não. Aliás, até faz - faz-me gostar menos. Ou não gostar de todo. E fugir a sete pés.
Prefiro mil vezes os que têm noção de que não sabem tudo e absorvem cada pormenor novo como uma aprendizagem que lhes será útil futuramente. Os que sabem ser tudo e mais alguma coisa com a pila bem arrumada dentro das calças porque se sabem capaz de conquistar pelo que são. Gosto do medo, da timidez, do nervosismo. Da inexperiência que impede toda e qualquer pressa e nos deixa instalar confortavelmente sem pressões, sem receios. Gosto dos que não se gabam porque sabem que, no fim de contas, isso é absolutamente irrelevante. E que a inocência, essa sim, é absolutamente deliciosa.
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