sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

eu não tenho os parafusos todos

Quantos erros consegues cometer de uma só vez, cinderela? Uma infinitude deles.
Hoje eu não acordei particularmente bem disposta, mas acordei decidida a fazer as pazes com o meu passado e com a vida no geral. Enviei umas mensagens a pedir desculpa, meti a conversa em dia com pessoas que me aborreceram há uns tempos. Portuguesíssima, mal vi o sol decidi logo que hoje era dia de estrear uma daquelas blusas giras que comprei... no lidl. Ah, sim! Sou uma fã incondicional do lidl. Shame on me.

Quando saí de casa, até estava animada: visivelmente menos enchouriçada porque, pela primeira vez em muitos meses, não ostentava oito mil camisolas, sentia-me particularmente embonecada hoje. Manias. 

Tinha em mente oferecer um almoço a mim mesma, toute seule, e desfrutar dessa mesma companhia à beira mar para ver se me ajudava a alinhar as ideias de uma vez por todas. Tinha tudo para correr bem, não tinha? Tinha! E então, o que é que eu fiz? Estraguei tudo.

Correu tudo bem na parte do almoço, all by myself. Mas depois, num momento de lucidez duvidosa, peguei no telemóvel. O tipo estava mesmo ali ao lado, a menos de um quilómetro de mim, e eu pensei olha, safoda! Parecendo que não, eu sou moça de dar oportunidades às pessoas, e já tinham passado uns meses. Se eu sabia que este não era um desses casos? Sabia. E aceitei na mesma? Aceitei, sim. Porquê? Pelo mesmo motivo da primeira vez: não tinha mais nada para fazer. 

Arrependi-me na hora, é certo, mas já era tarde demais. A criatura parecia ter estado a estudar-me: questionou-me sobre coisas de que lhe tinha falado há uns meses atrás, aquando da outra semi-loucura, e quem estava a ficar louca era eu. 

Até contava a história, mas torna-se desnecessário - assim meio inspirada no my best friend's girl, estava a cometer todos os erros que julgo possíveis num encontro. E documentei-os em direto, para piorar a coisa, a um moço que se deve ter divertido bastante.





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