Os pensamentos surgem a uma velocidade que me entontece - penso nisto e naquilo, ligo os pontos, baralho-me, começo do início. É difícil traçar mapas de histórias que ficaram por contar; canso-me e finjo que sou capaz de esquecer, que não sou má nas pontas soltas e que sei dar-lhes um nó sozinha. Mas não sei.
Acordo mais confusa do que me deitei, mais perdida; nessa mania de não ouvir ninguém, já não sei onde está a minha própria voz, já nem eu sei o que penso. Soubesse eu - mas não sei. Parece loucura, porque talvez o seja mesmo. A loucura dos que estão perdidos e não se conseguem encontrar em parte alguma.
E então, a necessidade volta, a urgência instala-se outra vez. Respiro fundo... e vou ver o mar.
Um dia destes descubro o que fazer comigo mesma - espero que seja hoje. Espero que seja já.
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