Não querendo passar a imagem de cabra mansa ou de gaja-com-as-hormonas-aos-saltos-com-o-relógio-biológico-e-o-instinto-maternal-a-despontar, porque eu realmente não suporto a maior parte das crianças, mas há uma miúda lá na escola que me mete pena porque a vejo sempre sozinha. Idek. Não é bem como se eu não fosse anti-social e tivesse a mania de que só estou bem sem pessoas num raio de 3 km, mas a miúda tem um ar de abandonada que derrete meu corassaum porque, vá, mesmo com a mania que sou má, não suporto ver ninguém triste.
E então, como boa samaritana que sou, quase que me meti com ela. Quase. Provavelmente a miúda desataria a fugir quando visse uma lontra obesa a falar, mas não custava nada tentar e pelo menos a mocinha ficava a saber que ser anti-social desde tão nova ia ser uma merda, porque eu comecei há poucos anos e arrependo-me disso muitas vezes. Outras fico grata pelo feitio de merda com que fui presenteada, mas isso são outras andanças. O problema foi que, por qualquer motivo, não mexi o cu mal deliberei sobre o assunto, e isso foi um puro golpe de sorte.
Quando percebi quem a miúda era afinal, quase que me meti a caminho de fátima a pé para ir acender uma velinha a agradecer por ter sido vencida pela inércia, ou pelo cu gordo, e não ter ido ter com a criaturinha. Estava tão, mas tão fodidinha da vida se o tivesse feito, que nem é bom pensar nisso.
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