segunda-feira, 30 de setembro de 2013

a genialidade nunca tem fim

E então, eu já ontem me queixava de que me doía a garganta e os ouvidos pra caralho, porque ah e tal, andei à chuva. Logo, é óbvio que hoje levei um chapéu de chuva para a escola, certo? Errado. E então tive de ir ao caralho mais velho sem chapéu, a chover imenso. Estive quase duas horas até secar totalmente e fiquei com a camisola toda manchada de vermelho por causa do cabelo. Parfait.

Para me deixar ainda melhor, o meu stôr de física estava com calor no cu e ligou o ar condicionado. Estar naquela sala ou dentro do frigorífico não devia ser muito diferente. Amanhã não saio da cama.

«relaxa que tudo se encaixa»

Há coisas que nunca dão certo, por mais que se tente, e pessoas com quem acabamos sempre por nos desencontrar, ainda que façamos todos os esforços para acertar o passo e os relógios; não acredito no premeditado. Não acredito mesmo.

De todas as vezes que tentei planear alguma coisa, foram raras aquelas em que não falhei. Já o disse - odeio essa ideia de ter a vida toda traçada a régua e esquadro em papel milimétrico, e por mais que imagine o amanhã, por mais que tente antever o que vem a seguir, sei que erro sempre e que as coisas nunca são como eu imagino. E então, sou muito mais pelo amanhã logo se vê. Se der deu, mas se não der, não há ressentimentos; não era para dar mesmo.

É por isso que não estou muito preocupada com o que se segue desta vez. Sei lá. Tenho feito tudo com tanta calma, que às vezes nem eu me dou conta de que tudo isso vai dar ao mesmo lado, e que o objetivo não se altera. Mas nem tenho feito muito; não é preciso e não vale a pena. De alguma forma inexplicável, eu sei que lá para o meio, tudo há de bater certo e eu acabo por conseguir exatamente aquilo que quero. E talvez isto seja errado, mas não quero nem pensar nisso desde que no fim acabe por dar certo.

a grande revelação

Já posso dizer que aprendi alguma coisa com o secret story.

Pelo que li no fb de uma amiga, um dos segredos é qualquer coisa como «ouço vozes na minha cabeça». Isto é brutal, porque eu passei os últimos 18 anos a crer que era normal ouvirmos vozes na cabeça, mas se a criatura faz disto um segredo... então talvez eu tenha sido maluca este tempo todo sem o saber.

sonhos em sonhos

Sonhei que tinha 17 gatos. Estava tão feliz.

Tenho mesmo alma de tia solteirona, daquelas que aparece aos domingos com o bolinho. A merda é que nem sobrinhos vou ter.

korn

Wait!
I'm starting to suffocate
And soon i anticipate
I'm coming undone

domingo, 29 de setembro de 2013

adoro

Acho adorável quando as pessoas me acham convencida. A mim, que sou só a criatura com menos autoestima à face da terra.

Se metade desta gente sonhasse com o quanto eu me detesto e o quanto já quis desaparecer, nunca mais ousava gozar comigo como se em algum momento eu tivesse tido opção de escolha e fosse muito feliz por ser uma aberração. Mas ok, é na boa. Já levo 18 anos disto mesmo, continuem a atirar pedrinhas imaginárias e eu faço um castelo no ar.

recomeça

Então é a partir daqui e até janeiro que os portuguesinhos tipo começam a falar mal da casa dos segredos, mas a assistem atentamente a tudo o que eles fazem. Dizem que odeiam, mas sabem de cor cada peido de cada concorrente. 

E depois existo eu, a eterna alienada, que descobri hoje que isto começava. 

a prova de que há coisas que não mudam mesmo

Há uma rapariga na minha turma chamada anita. O meu problema é que parece haver uma força demoníaca que me leva a ter tendência para lhe chamar ana, e acho que até já o cheguei a fazer em voz alta. Não é nada contra o nome dela ou assim, porque até o acho mais bonito do que só ana, mas eu sempre tive este pequeno problema com os nomes que me parecem diminutivos. Tipo quando insistia em chamar golfos aos golfinhos, porque estava certa de que aquele inhos fazia deles gay.

Passaram-se mais de 10 anos e eu ainda não estou curada.

sério

Tenho tanta coisa para fazer, que fico cansada só de pensar nisso.

sad life

Estou eu aqui mascarada de traficante de droga, com umas leggins que já por si me ficam mal que dói - nunca é aconselhável que uma lontra obesa vá à rua de leggins - camisola do pai e sweat larga que eu sei lá, e embrulhada numa manta, cheia de dores de garganta e de ouvidos, com pouca vontade de mexer mais do que os olhos, e a minha mãe quer tirar-me de casa. Porque é o primeiro ano que posso votar. Porque agora tenho 18 anos e outras responsabilidades. Porque vai contribuir muito para a minha felicidade o facto de espetar uma cruz no boletim de voto, como se eu percebesse alguma coisa daquilo.

E, o pior, teria de mudar de roupa, antes que me prendessem pelo caminho. Não, não me parece.

unholy confessions

Acho sempre fantástica a reação das pessoas quando eu digo que os meus olhos mudam de cor de acordo com as minhas emoções, e que andam sempre a variar entre o castanho, o verde e o cinzento. Já ouvi coisas como oh meu deus, tão giro!, ou isso é mesmo estranho, mas é brutal!, ou tambééém queroooo!

Ninguém pensou que isto não tem nada de excitante, porque eu nem me apercebo. Depois, ninguém sonha que eu me passei quando descobri que isto me acontecia e fui ver à net o que podia ser; um erro absurdo. Acabei por me convencer de que estava a morrer.

stupid me

Ser inteligente é saberes que está a chover para caralho, mas ainda assim, sais de casa sem chapéu de chuva porque não gostas e sempre tens o carapuço para evitar que fiques com carapinha pelo caminho. Entretanto, percebes que não vai parar de chover e que provavelmente seria boa ideia voltares a casa porque começa a existir a forte probabilidade de ficares doente uma vez que começas a ficar encharcada. 

Mas, ser um génio, é não voltar. É andar descalça pela rua, e ainda é repetir o caminho à chuva, duas vezes. Palmas para mim que consegui ficar doente em menos de nada.

sábado, 28 de setembro de 2013

isto é a minha vida resumida em imagens

















roubado aos minions sinceros.

verdades incontornáveis

Os rapazinhos mais bonitos ou são gays ou são cabrões. Não há cu que aguente.

o mundo voltou ao eixo certo

Ao contrário do esperado, eu por acaso até tenho gostado da minha turma. É preciso que se note: da parte minúscula da minha turma que é de ciências, porque me parece que, se tivesse aulas com aquela cambada toda de humanidades, muito provavelmente a esta hora já teria cortado a carótida.

Não importa. O que importa realçar é que era deveras estranho eu conseguir não sentir nem uma pontinha de antipatia fosse por quem fosse. Então, ontem, bastou uma aula, uma única aula, para eu me tornar a hater número um de duas gajas cromas que eu sei lá, com a mania de que são melhores do que toda a gente. Nem sei porquê, mas até a respiração delas me começou a incomodar. E, acreditem, é tudo muito mais divertido quando eu detesto alguém.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

já avisei que sou uma lontra com mau feitio

Como se eu já não me sentisse mal o suficiente por ter tido de ficar nesta escola mais um ano, ainda é preciso notar que ela está cheia de putos, e fazer parte do grupo dos mais velhos não é tão bom quanto parece. Essencialmente, porque os putos são cada vez mais estúpidos, a minha paciência está cada vez mais limitada, e, na maior parte do tempo, eu fico a olhar para eles e a imaginar o quão úteis seriam as suas vísceras na aula prática de biologia.

Ok, não. Isso seria um bocado psicótico, mas não tem mal. O ponto é: as pessoas enervam-me. E eu continuo a achar que os mais adoráveis são sempre aqueles de quem ninguém gosta. 

cinderela desmitifica a internet

Para que algum dia consigamos ter um mundo melhor, parece-me essencial que as pessoas comecem por compreender que o uso do caps lock em discussões, é tão útil quanto usar óculos de sol às escuras. Ainda por cima, quem escreve em caps lock, acreditando que aquilo vai surtir o efeito de um grito, tem uma tendência enorme para escrever coisas do tipo O TEU PAI É UM CÃO E A DEVIAM METER A TUA MÃE DE QUATRO E ENFIAR-LHE UM PAU PELO CU ACIMA COMO FAZEM AOS LEITÕES!!!

E isto não é mau, nem nada. É só estúpido. É preciso que as pessoas compreendam que o caps lock não é uma arma mortífera. A sério. Não é.

quando o ps adere a modas



Kel abraç #swag #yolo

Ou porque eu sou extremamente madura, sei.

cinderela revolta-se

A verdade é que eu sou uma cabra. E sim, eu falo mal de tudo o que mexa, critico tudo quanto me soe a futilidade, gozo com os bigodes das outras, só sou simpática quando me apetece e para quem me apetece, e faço coisas que não lembram a ninguém. Já disse - eu sou cabra quando quero.

Agora, não venham com merdas, porque há limites e eu conheço-os. Parece-me inadmissível que um daqueles gajos cheios-de-swag-e-buéda-sociais-ma-nigga tenha decidido gozar com uma miúda no fb, só porque sim. E com gozar, quero dizer que se meteu numa relação com ela, chama-lhe princesa a torto e a direito. Tudo porque a miúda tem ar de croma na foto. A verdade, que talvez lhe escape, é que ela é mesmo deficiente. Não me perguntem o que lhe aconteceu; sei que o é. E acredita mesmo que aquele pedro sousa, que ela acha tão giro, goste dela. E acredita mesmo naqueles anormais que comentam a desejar felicidades e a chamarem-lhe linda.

Talvez até seja melhor ela estar iludida mesmo, e não se aperceber de que está a ser gozada a torto e a direito. Mas aquele estado, meteu-me nojo. Mais ainda ao ver as pessoas a comentar, como se fosse normal o que o gajo está a fazer, como se não fosse uma atrocidade gozar com uma miúda daquela forma. Expo-la a gente tão anormal quanto ele próprio.

E então, eu passei-me. Comentei-o. Ele bloqueou-me uns dois minutos depois, mas eu estimo bem que ele se foda; não conseguia estar calada. E a quem queria saber quem eu era - a ti, kyle, patrícia - a má, a que acha o gajo um desperdício de oxigénio - apresenta-se ao mundo.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

os orgasmos cibernéticos de evax


E o melhor elogio que me podiam ter feito. Pronto, é só.

me não understendo nada

As pitas da minha escola usam camisolas cada vez mais pequenas. Para compensar, usam bigodes cada vez maiores.

medo é

Agora que o meu blog parece uma casa de putas, frequentado por toda a gente, assusta-me a perspetiva de, eventualmente, cá vir parar um grupo de criaturas que, quase de certeza, o leria de uma ponta à outra.

Se é que ainda não chegou. Se é que ainda não o leram. Já tive perto de 300 visitas hoje. Rezemos.

meus queridos psicopatas

Ontem à noite, uma amiga minha espetou o link aqui do antro no mural dela, e ainda me identificou. Desde então, chovem visitas vindas do fb e até já tive direito a um anónimo - dou um biscoito a quem conseguir entender o que o ser primitivo tentou dizer - o que faz com que aqueles tempos remotos em que isto foi um blog anónimo, se transformem numa anedota.

Mas eu já nem me queixo. Já me estou a cagar para isto. Sejam todos muito bem vindos, adoráveis stalkers!

um suicídio lento

All I want is nothing more
To hear you knocking at my door
Cause if i could see your face once more
I could die as a happy man, I'm sure

When you said your last goodbye
I died a little bit inside

Nesta versão, porque a original é horrível.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

here we go again

Como-fazer-os-burros-que-ficaram-mais-um-ano-no-secundário-sentirem-se-mal, parte dois.

boa, boa

Manda-nos fazer uma ficha de ontem para amanhã. Não a enviou. Tá.

sério

Quando estou triste agarro-me ao meu gato com tanta força que me espanta que ele ainda não me tenha arrancado os olhos. Apesar de já ter tentado uma vez.

o quanto eu senti a falta da chuva

É só a primeira chuva do outono e eu já tenho vontade de me vestir como se fosse visitar o pólo norte, fazer a árvore de natal e no fim enroscar-me no sofá, só com as luzinhas pisca-pisca, a ouvir a chuva. E isto faz todo o sentido, porque está um frio de morte e já só faltam três meses para o natal. Sure. Nada parva.

cuteness overload

Desde que ando por páginas como o aww ou o 9gag cute, que tenho vontade de montar o meu próprio zoo em casa. Só não acho que a mommy fosse achar muita piada ao facto de termos 243939287 gatos, 2789737 cães, 2323 porquinhos da índia, e mais um porquinho como aquele que estava na foto a comer um gelado. E um panda. E um koala. E um elefante bebé. E um hipopótamo.

Posso sempre começar por alegar que foi ela quem começou, há 18 anos atrás, quando trouxe uma lontra para casa mas... não sei se vai resultar.

desespero é

Quando descobres algo terrível sobre alguém de quem não gostas, com muita razão para não gostar, é preciso que se note, mas não podes contar a ninguém porque a) não tens como provar, b) ninguém ia acreditar em coisas tão más vindas da menina perfeita, e c) também não podes explicar a forma como descobriste isso tudo.

Não é bem como voltar à estaca zero, mas é quase tão frustrante quanto isso.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

tem-se verificado

Está muito contente com a vida de universitária. Sai todas as noites, bebe até cair, é voluntária numa rede de prostituição e até tem experimentado algumas drogas mais pesadas. Ela está a adorar a universidade, só fica um bocado confusa quando lhe falam das aulas. Não sei. Acho que nem viu bem em que curso entrou.

acabei de encontrar e serviu-me tão bem

Eu não soube decifrar
Ou talvez nem quis tentar
Não sei ou sei?
O que será?

Se calhar sempre soube e ainda não descobri.

não sei o que tinha na cabeça

Decidi inscrever-me na dança, no desporto escolar. Sei lá, tinha tempo livre e banhas de sobra, pareceu-me uma boa ideia.
Eu sou gorda e não tenho jeito nenhum para dançar.



Tenham medo.


não sei de mim

Não sei se ando sem tempo, se sem paciência, ou se só não tenho tempo para ter paciência. Não sei. Não sei como estou. Estou aqui, e às vezes estou bem, outras vezes estou melhor. Mas depois há momentos e momentos, alturas em que parece que tudo se vai desmoronar outra vez, e então eu só quero desaparecer.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

não entendo

Quando nos conhecemos, deixei-me levar pelo impulso e deixar de ser tão desconfiada de uma pessoa que me queria levar a sério e construir uma relação sólida comigo.Apaixonei-me por ele e pela sua essência e ele mostrou-se honesto comigo. E jurou-me que o seria sempre assim, sincero.
Apesar de saber por ele todo o seu passado mais promiscuo, e de andar à procura de momentos de prazer na net, tinha a noção que ele quando me confessou que traiu a ex-namorada, que eu poderia estar a assumir este risco também. Mas deixei-me de preconceitos, e fui de olhos bem abertos, à espera que ele quisesse construir essa tal relação sólida que nunca chegou a acontecer.

A maior parte das minhas inseguranças naquela relação cresceram quando eu descobri, sem ele saber, que já se tinha envolvido com outros homens.

do shiuuuu

Meu amigo, é assim que isto funciona: mete-te nas putas, come as tuas amigas todas, a tua prima, a tua irmã, e se quiseres até te deixo comer a minha mãe. Agora, se porventura eu vier a descobrir que gostas de pila e és o gajo ideal para fazer um ménage à trois com outro, sem reclamar, então temos o caso mal parado porque está claro que não és boa pessoa. 

e depois revolto-me

É deprimente entrar no fb de uma pita e ver que os únicos livros que ela leu foi um sobre o bieber e o outro sobre os one direction. 

Sério? Não façam isto comigo. Leiam o kamasutra, a maria, a dica da semana se for preciso, mas não aqueles livros. Ou, se lerem, não contem a ninguém antes que o vírus se espalhe.

a reter

É bom que eu não me esqueça de que não convém ser ouvida em público a dizer coisas como então e agora, mãe? prostituímos o pai? ou mesmo não tenho dinheiro, vocês os dois vão ter de vender o cu agora.

Já não sei se pareço uma puta reles, se a chula da família. De qualquer forma, como devem imaginar, faço furor entre as velhas. Sério. Estas coisas caem melhor do que um peido no meio da multidão, é ver as pessoas a fugir.

juro

Há alguém com um qi superior ao meu - don't freak out, basta estar acima dos 20 - que me queira explicar a diferença entre demais e de mais

Nunca consegui perceber isso, e agora está a fazer-me comichão. Mas pronto, não é um caso de vida ou de morte, só quero tornar isto num espaço útil e informativo (not).

domingo, 22 de setembro de 2013

smells like a cinderella

O meu telemóvel cheira ao meu perfume. O meu relógio cheira ao meu perfume. As minhas canetas cheiram ao meu perfume. E se vocês se chegarem a mim, também saem de lá a cheirar ao meu perfume. 

Talvez use demasiado, but i regret nothing. 

bad luck me

Ontem também vi a miúda cuja cara é difícil de ver na escola, porque está sempre colada à do namorado. Bom, em tempos remotos, ela não tinha namorado e então eu tive a oportunidade de começar a detestá-la, como quem não quer a coisa, porque a cachopa é cabra e insuportável.

Como eu ia dizendo, eu ontem vi-a. Estava de costas, mas ela começou-se a rir e foi impossível não procurar a criatura que estava a urrar ali no meio. Ela passou mesmo colada a mim, e eu, armada em bicha amuada como sempre, revirei os olhos com cara de enjoo.

O pai dela estava mesmo à minha frente.

a few hours left

Ainda não decidi se vou ou se fico. Ou melhor, no fundo, sei que vou acabar por ir, mas falta-me a coragem para assumir a minha decisão. Isto pode acabar tão mal. Mas também pode ser tão bom.

call the priest

Estava tudo em silêncio, eu aqui, a máquina ali, ao cantinho dentro da bolsa, sem nos olharmos, sem nos tocarmos, sem nada. E, de repente, ouço o som de ela a ligar-se. Fui ver. Está quase sem pilhas, mas lá estava a foto da miúda, máquina fotográfica ligada. Desliguei-a. Passado um bocado, o som repetiu-se. Não fiz nada. Ouvi o som de quando carrega para ir para a próxima foto. Decidi que nunca mais nesta vida lhe toco.

Está possuída.

bem bom

Ontem senti-me tentada a fugir com o moço do carrinho das pipocas. Por um corpinho daqueles, uma pessoa até nem se importa de fazer algodão doce o resto da vida.

i'm really cool at parties

gajo desconhecido: blá blá blá, o meu carro tem 110 cavalos.
patrícia: 111, quando lá estás dentro.

É mais ou menos por isto que eu não tenho amigos. Se já não tenho filtros quando estou na posse da totalidade das minhas faculdades mentais, uns copos depois já não há quem me segure. Smile and wave.

constatações pela manhã

Definitivamente, ontem bebi demais.

outro tipo de amor

Uma barraquinha a dizer gaufres em vez de waffles e uma mulher com sotaque. Um dia ainda faço de frança o meu país para sempre.

sábado, 21 de setembro de 2013

santa paciência

Com tanta gente a falar do ios 7, eu começava a ficar preocupada e a pensar que estava a perder alguma coisa importante. Afinal, esta gente é só estúpida, e eu continuo a não entender a excitação à volta do iphone, cheio de aplicações de que ninguém precisa. 

O meu pobre tijolo começa a ficar ofendido. É android e está sempre sem bateria, deal with that.

idc, i love it

Já estou habituada a uma ou outra crítica por causa de pintar o cabelo de vermelho, mas nunca pensei que houvesse algo particularmente errado com o facto de se pintar as unhas de preto fora do halloween. Pelo menos, aos olhos dos outros.

amem-me

Want to Get Sorted?

The sorting hat.

a história da minha vida

Patrícia mete rímel.
Patrícia tem comichão nos olhos.
Patrícia não se lembra que meteu rímel.
Patrícia coça os olhos.

Patrícia...

Nasci para ser uma lady, bem se vê.

quero ir à praia

Está um calor do caralho e eu já tenho coisas para estudar. Oh deus. Preciso de férias!


harry potter and the chamber of feels














































































































































































































































































































































































































































































































































































Ou como o 9gag quase me matou de emossaum. Nossa.

don't even ask

É muito bonita essa ideia de que devemos fazer tudo o que nos apetece, mas é mentira. Senhores, é mentira. Tenho demasiadas vontades ilegais para me poder dar ao luxo de fazer tudo o que quero, ou acabava presa por um homicídio múltiplo, ou me descontrolava e me acusavam de abuso sexual. Talvez valesse a pena mas... uhm, eu espero em liberdade.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

oh deus

Sou a criatura mais orgulhosa que vocês possam imaginar. Posso estar a morrer de vontade de falar com alguém, mas não falo porque ainda me lembro perfeitamente que, decorria tranquilamente o ano de 1523 quando, a uma terça feira, ela me chamou estúpida e eu lhe chamei cabra, e ninguém pediu desculpa, portanto não vou ser eu a dar o braço a torcer e mostrar que estou a morrer de saudades. E eu odeio isto em mim.

tão triste

Remexer nos livros do 11º ano significa que vou encontrar folhas soltas e mais folhas soltas. A que encontrei ontem, dizia Já não pergunto por ti a ninguém; ninguém te viu, ninguém te vê. E mesmo que seja eu a ver-te, fingirei que não. Tal como tu.

Dois anos depois, podia tê-la escrito agora.

ao menos dá-me para rir

Se há coisa de que me arrependo, foi do que fiz há pouco mais de um ano. Credo, devo ter batido com a cabeça em algum lado antes, mas ainda é das coisas que mais me custa a admitir.

Quanto mais não seja, porque isso me persegue. Para onde quer que eu vá.

why me?

rapazinho: stôra, pode desligar o ar condicionado? está frio aqui...
stôra: *risos* eu esqueço-me que vocês não precisam, já são frescos. *risos*


Eu mereço?

bicha chique

Nem sei que faça, nem sei que diga, nem sei que pense.

não me sai da cabeça

Ali às voltas sempre.
Aliás, voltas sempre.

É um livro de trocadilhos que encontrei numa feira do livro uma vez. Não o comprei, mas agora o título faz mais sentido do que nunca para mim. E eu nem sei bem porquê.

quero tanto, tanto, tanto fazer isto

Foi a primeira vez que fiz uma promessa a alguém. A verdade é que é um grande incentivo para eu me livrar do secundário este ano. Parece uma promessa querida, fofa e inocente? Mas não é. 

normalidade vs patrícia

As pessoas normais ficam parvas quando bebem. Eu fico parva quando não durmo.

Sério, não durmo nada de jeito há não sei quantos dias e estou impossível de aturar. Se vocês sonhassem metade da merda que eu disse nas últimas horas, amanhã eu não teria seguidores; ou isso, ou estavam cá todos os outros. Os tais que só cá vêm quando o site de pornografia está em manutenção. Credo, estou possuída.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

quase sociável

Afinal ainda não rosnei da ninguém da minha turma e até, espantem-se, começo a simpatizar com uma miúda dois anos mais nova. Não é nada irritante como a maior parte das cachopas da idade dela, ao ponto de nem dar vontade de lhe chamar pita e metê-la no mesmo saco. Sério, a miúda é bem querida até. E isto, alforrecas, isto de eu conseguir ser minimamente sociável, é um milagre daqueles.

em tempo de decisões cruciais

Se for, pode correr muito mal. Mas também pode correr muito bem.

Vou ou não vou, alforrecas?

a-d-o-r-o

É triste quando uma pessoa chega ao bar, se vira para uma amiga e diz olááááá, com voz de bebé, só naquela de se armar ainda mais em retardada do que já é, e entretanto, ouve alguém a dizer-lhe olá também, mas não é a amiga. É uma rapariga que costumava estar na escola de condução, pensou que eu lhe estava a dizer olá a ela e ainda me espetou dois beijinhos.

E eu não sou a pessoa mais discreta do mundo quando me apanham de surpresa.


credo

Eu também tive aquela crush de que agora me arrependo. Credo, nossa senhora, é que o gajo não tem ponta que se lhe pegue. É labrego, burro, cromo e absolutamente desinteressante. E não, de bonito também não tem nada, nadinha mesmo, nem tão pouco tem ar de rico ou qualquer merda que justifique o facto de eu ter andado a morrer de amores por aquilo.

De cada vez que me lembro de que chorei baba e ranho na noite em que ele me pediu o número de uma amiga, tenho vontade de correr até à cozinha e arrancar a pila com um saca rolhas. A sorte é que, felizmente, nem sequer tenho disso. Cá em casa não usamos saca rolhas.

sério

´
Vai demorar imenso tempo até que eu consiga voltar a beber coca cola. Que nojo!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

hater mood

Não sei o que se passa na minha escola, mas os casalinhos estão mais insuportáveis do que nunca, sempre colados, sempre aos beijos. Então há um par de jarras que já deixou de se beijar para se tentarem sugar mutuamente. Palavra. Não me lembro de algum dia os ter visto a falar, duvido até que ainda se lembrem do nome um do outro. Se é que algum dia o chegaram a saber.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

boa, patrícia

Tinha decidido que este ano ia aproveitar o facto de ir ter montes de tempo livre e só ir fazer dois exames, para me aplicar ao máximo e ler tudo o que me apetecesse ler. Pois sim. Agora a necessidade de manter a cabeça ocupada para não pirar de vez, falou mais alto, e estou a pensar ir assistir a aulas de tudo e mais alguma coisa, ao ponto de ter o horário quase mais preenchido do que no ano passado. E lá para junho teremos matemática, biologia e geologia, português, inglês e, possivelmente, física e química. 

Tempo livre, pois sim. O que nós queremos é praticar um suicídio lento e discreto.

i'm so hard to handle now

A criatura da reunião continua a tentar a todo o custo que eu comece a falar com ela nos corredores, e insiste em dizer-me olá de cada vez que nos cruzamos. O problema é que eu não me lembro sequer do nome dela, nem estou minimamente preocupada.

É preciso que as pessoas compreendam que eu sou um bicho difícil de lidar, com paragens cerebrais frequentes capazes de me levar a dizer boa tarde às nove da manhã. Não estou disponível para fazer novos amigos, obrigada.

é isso,

That's the thing about pain (...). It demands to be felt.


John Green,
the fault in our stars

ser burra é outra coisa

O maior dilema de ontem, foi o teste diagnóstico de matemática. Não sabia se o havia de deixar em branco e correr o risco de o homem não perceber que eu não me lembro do que raio dei no 10º ano e achar que eu estou a gozar com ele, ou se escrevia qualquer coisa e deixava que ele pensasse que eu deveria estar no ensino especial. Escolhi a segunda, e ainda me parece a certa.

and the war beggins

Quando  meto uma coisa na cabeça, sou incapaz de desistir. Mesmo que tenha medo, mesmo que tenha vontade de parar a meio, não páro. Vou até ao fim, até às últimas consequências. E isso começa a assustar-me um bocadinho, porque sei que nem vou parar, nem vou deixar que me párem, e isto ainda pode acabar muito mal.

Safoda. Ainda é cedo para me preocupar com o que acontece a seguir.

puta de vida

Não sei muito bem como, durante um delírio, fez-me parecer durante a reunião que um dos bichinhos da turma era giro. Nunca estive tão enganada.

perdida nos rascunhos

É frequente a indiferença e a desatenção causarem muitos mais estragos do que a antipatia pura.

J. K. Rowling
harry potter e a ordem da fénix

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

apetece

Consegui sobreviver ao primeiro dia de aulas e, por incrível que pareça, não rosnei a ninguém. Para ser franca, quase que posso considerar que estava de bom humor, apesar da vontade de chacinar aquela pitalhada - swaggers, swaggers everywhere! - que agora enche os corredores da escola. Sério. Não foi tão mau quanto eu pensava. E agora, já posso ir de férias?

what goes around comes around

A atrasada da patrícia tem a mania de gozar com os meus pobres cupcakes, como se aquele pequeno incidente culinário tivesse sido a desgraça do século.

Hoje, grande aventureira que só eu, fui almoçar a casa da criatura, e deixei-a tomar conta do tacho. Entretanto, enquanto me apoderava do pc do irmão para vir aqui, wild bicha assolapou o cu no sofá ao meu lado, e começámos a falar sobre coisas deveras interessantes das quais vossas excelências não tomarão conhecimento. 

De repente, aparece o irmão. Ó mana, não te cheira a queimado?
E a criatura sai da sala a correr e a gritar AHHHHHHHHHHHH, O ARROOOOOOOOOOOOZ!


O arroz estava completamente preto, e todo colado ao fundo do tacho. E, fofa que só eu, quis garantir que ela nunca mais se esquecia disto. Então, deixei-lhe esta imagem no mural.


E o mundo voltou ao eixo certo.

sério

O meu humor anda favorável à ocorrência de assassinatos em série. Acho que vou começar a vestir uma t-shirt a advertir para o perigo de se aproximarem de mim. Ou sequer de respirarem na minha presença. 

A escola está cheia de putos, eu sem paciência nenhuma e a precisar de emoções fortes. Não gostaria de ser obrigada a conviver comigo mesma nos próximos tempos.

adoro

Acho adorável que os swaggers gostem de dizer que o bieber e os gajos dos one direction são reis, e que quem diz que não gosta está a mentir. Vão-se foder. Se eu digo que não gosto, não gosto mesmo. E a maior parte deles, só quer atenção. Go fap to your room e larguem o fb.

true true true

I never hit so hard in love
All I wanted was to break your walls
All you ever did was break me

A música até pode ser horrível, mas a letra é qualquer coisa.

depois das primeiras horas na escola

A única conclusão a que eu chego é que esta gente passou as férias todas sem cagar e aproveitou o primeiro dia para arrear o calhau. É um cheiro à merda naquelas casas de banho que eu até perdi a vontade de mijar!

primeiro dia de aulas


domingo, 15 de setembro de 2013

o problema de ser eu

Não tenho conseguido adormecer antes das cinco.
Amanhã levanto-me às sete.

Isto significa que ou a) acordo elétrica e impossível de aturar, ou b) acordo com um humor ainda pior, e impossível de aturar. Já começo a ter pena das pessoas com quem me vou cruzar amanhã.

uma forma de amor diferente

bicha, vi uma cena mesmo gira, pensei logo em ti... não resisti e comprei um para cada uma!


Quatro marcadores de livros magnéticos, giros que só eles. 
É como com o amor; também não lhe chamo melhor amiga para não complicar. Mas juro que tenho a melhor bicha do mundo. Obrigada, puta.

(se alguém tiver fetiches com pés, já se pode consolar com metade do pé da princesa. E outro do namorado. Vá, agora já faz sentido que cá venham quando o site de pornografia estiver em manutenção)

(not) lame cinderella

Adoro aquelas criaturas que, a cada novo desgosto de amor - e isto acontece com frequência, porque de duas em duas semanas há um novo amor para sempre, ámen, que acaba -, diz que lhe dói o coração. 
Isso não é amor, é um enfarte. 

e o entusiasmo reina aqui

Estou tão entusiasmada com o regresso às aulas, que passei a tarde a organizar as músicas no meu mp4 em pastas para ser mais fácil de localizar a música certa para cada momento. 

Parece-me que alguém vai voltar ao hard rock e ao metal nos próximos dias. É isso ou cometer um homicídio múltiplo.

pequenas vitórias fúteis

Fiquei estupidamente feliz quando descobri que já consigo meter o eyeliner em condições, sem ficar a parecer uma gótica revoltada que andou à chuva e ficou toda borrada. Sério, pode parecer pouco, mas só quem já tentou fazer a porcaria do risco pode compreender o quão difícil aquela merda é.

Vou continuar a não o usar, mas já sei como fazer e por isso estou contente. É só.

mete-me um bocadinho de nojo

Num universo paralelo ao meu, há gajas que se maquilham para tirar fotos dentro da piscina.
Estou certa de que é para demonstrar que a beleza natural se mantém, mesmo após um mergulho, e que as pessoas que saem da piscina que nem a samara, são as mesmas que parecem um hipopótamo a mergulhar, e que nunca nesta bida terão metade do estilo das que saem perfeitas.

É por isto que eu não tenho amigos.

pronto, o drama

Não sei quem é que se convenceu de que eu não ia achar piada nenhuma à minha vida se as coisas fossem fáceis. Ia sim, podem mandar vir porque eu começo a ficar farta de tudo.

o amor é outra coisa

Costumo dizer que não acredito no amor mas, reconheço que à semelhança do que faço com deus, é só uma maneira de simplificar a resposta. Sei que, no fundo, acredito tanto num como no outro, mas não da mesma forma que toda a gente à minha volta parece acreditar, e então prefiro nem dizer nada.

Juro que sou incapaz de compreender aquelas pessoas que encontram o amor da vida delas cinco vezes no mesmo ano. Ou as que acham que o amor de hoje, é o amor eterno. Sei lá. Acho que este tipo de projeções não tem qualquer tipo de cabimento. Se durar para sempre, ótimo. Mas se acabar amanhã, é ótimo na mesma porque um dia existiu, e à falta de melhor, sempre dá para o curriculo.

Claro que na vida real, isto não faz sentido. Acho que só estou a tentar dizer que me enjoam as pessoas que confundem qualquer tipo de afeição com amor. Não me parece justo. Talvez eu tenha lido muitos livros e visto muitos filmes para ainda ousar crer que tenho uma visão realista, mas não me parece certa a forma como as pessoas banalizaram um sentimento que era suposto ser especial. Confundem-no com paixão. Aliás, acho que o chegam a confundir só com a tesão. E, de alguma forma, isto está errado.

Eu acredito que um amor possa realmente durar. A sério que acredito que, alguns dos casais da minha idade, consigam mesmo aguentar-se ao longo dos anos. Mas também sei que, na maior parte dos casos, isso não vai acontecer, e se há coisa que eu acho parva é desperdiçar palavras quando não são verdadeiras. Um amo-te não devia ser dito com o desprendimento de um bom dia, mil e quinhentas vezes por dia. Ou, ainda pior, escrito no final de cada mensagem. Isto não é amor, é uma trela para prender o outro. O biscoito de recompensa que faz o cão ir buscar a porcaria do pau. Ou é só estúpido.

Desculpem-me se estou armada em tia conservadora, mas eu valorizo cada palavra, e não me parece certo que as vandalizem desta forma. Ainda acredito que o amo-te deve ser especial, dito apenas quando é verdadeiro, e não dito como que por obrigação, só para que a pessoa não se esqueça. Se a pessoa for realmente amada e a outra o demonstrar, ela não se esquece, mesmo que passem meses até que a volte a ouvir. Mas se for dita de forma vazia, tanto faz que a digam mil vezes por dia. Não terá qualquer valor. Ou então, tem, mas não o certo, e nascem músicas com o nome o amor dá-me tesão. Se o souberem demonstrar, não é preciso dizê-lo.

sábado, 14 de setembro de 2013

à margem

Mesmo quando eu - tão inocente - ainda achava que conseguia ter um blog anónimo, nunca me ocorreu usar o nome cinderela porque, sei lá, a ideia não era associarem-me à figura pedrada da dita princesa, que via ratos transformarem-se em cavalos, e aquelas tretas todas que devem ser do conhecimento de vossas excelências. E, de cada vez que me chamavam cinderela, eu achava que era uma indireta e que vocês achavam mesmo que as minha atitudes só eram justificáveis se eu andasse mesmo nas drogas. Creio que agora já toda a gente percebeu que não, que eu sou mesmo deficiente pura, e que não há qualquer tipo de substância psicotrópica capaz de explicar o meu comportamento. Lamento.

Isto tudo para dizer que eu até acabei por começar a gostar da ideia de ser a cinderela, ao ponto de ter começado a usar o nome quase inconscientemente, muitas das vezes à moda da anita. E pronto, era só mesmo isto. Beijinhos, sejam felizes e usem sempre proteção.

paradoxos improváveis

Contra todas as expectativas, é quando eu estou mesmo fodida da vida que me armo em fada do lar; ora me dá para arrumar tudo, ora me dá para cozinhar. E, é preciso ter em conta de que, de cada vez que cozinho, o que não me falta é que arrumar porque eu sou um furacão na cozinha. Juro. Fica sem ponta por onde se lhe pegue.

Então, para aliviar a deprimência de hoje, meti-me a fazer bolachas, e um bolo de bolacha. As bolachas estão torradas, como eu gosto. O bolo de bolacha é o melhor bolo de sempre. O mais óbvio era, depois de ter tido o trabalho todo sozinha, eu me metesse a enfardar, mas acontece que, agora que parei, estou a deprimir ainda mais. Já não me apetece comer.

juro que isto me chateia mesmo

Ando há uma eternidade a ler o livro do desassossego aos bocadinhos, mas depois temos o the fault in our stars, e os surfistas que eu tenho andado a adiar porque me sentia mal em pegar-lhes. Queria era saber do potter, e fui aproveitando os escassos momentos em que dava para ir lendo. Acabou. Só pego no próximo depois de acabar o do john green, o do rui zink e ler o ensaio sobre a lucidez.

Claro que isto agora até podia ficar tudo despachado num instante, tendo em conta que são rápidos de ler. Claro que para me estragar a festa, começaram as aulas e eu vou ter de me aplicar mesmo a sério desta vez. Estou à beira de um esgotamento nervoso, e apeteceu-me partilhar.

a dois passos do suicídio

Acabei o harry potter e a ordem da fénix, o que significa que estou à distância de dois livros até que a minha vida perca o sentido.

dos turn off inesperados

Ele até que é bem bonito, é, mas abomina completamente os livros e isso para mim é um turn off. Não que o gostar ou não de ler o tornasse automaticamente mais interessante, porque há livros e livros, mas é mesmo o facto de desprezar por completo a leitura. E eu sou picuinhas. Pode ser giro, mas não me convence.

cinderela vai às aulas de condução

Pode parecer brincadeira, mas isto de eu não distinguir a direita da esquerda é uma merda séria. Ontem, a caminho de casa, o instrutor mandou-me virar à direita. Fiz o mais óbvio - virei à esquerda, porque sou bué wild e ninguém manda em mim. Ou porque me pareceu o sítio certo.

Ao menos deu para fingir que foi de propósito. Que a estrada estava estragada pelo outro lado, que era mais perto por ali, que cenas. Desta vez passou, mas começo a ponderar fazer uma tatuagem em cada mão. Esquerda. Direita.

cinderela vai às aulas de condução

Odeio errar. E podem dizer-me que, ok, todos odiamos, mas isso é porque não me conhecem. Eu fico mesmo mesmo furiosa comigo mesma quando faço alguma coisa mal, mesmo que não o exteriorize, fico com vontade de me armar em dobby e entalar as orelhas no forno. 

Agora, a minha tendência para fazer merda aumenta drasticamente quando está alguém no banco de trás. Nem me quero lembrar do quão bem correu quando ontem tive de conduzir com um rapazinho que foi da minha turma nos últimos anos. É que, está certo que com meia dúzia de aulas, eu não poderia conduzir que nem uma camionista machona há 30 anos, mas foda-se, eu sei que consigo melhor.

Credo, livrem-se de se cruzarem comigo.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

preciso que compreendam que eu sou anti social e tenho mau feitio

Estive hoje uma hora na companhia das adoráveis 38 alminhas que constituem a minha nova turma, que inclui, não só alunos de humanidades e de ciências, como também mais não sei quantos do ensino especial. Uma salganhada do caralho, portanto.

Acredito que neste ponto vos tenha surgido uma dúvida, mas eu quero que fique claro que, apesar do meu evidente atraso mental, eu faço mesmo parte do grupo de alunos de ciências que caíram ali, não sei muito bem porquê. Mas é óbvio que só eu e um rapaz desconhecido - potencialmente giro e com ar de bad boy, mas ainda é um caso a analisar com calma - é que fomos à reunião, o que me conferiu um protagonismo fantástico, como eu adoro. Sério. Nada melhor do que ter uma sala apinhada de criaturas, todas elas com a cabeça virada na minha direção, ao cantinho da sala. Começamos bem.

Já para não falar do momento em que levaram a minha paciência ao limite, e uma gaja tentou travar amizade comigo. É daquelas bem cromas, que uma pessoa nem percebe metade do que elas dizem, e tentou a todo o custo que eu lhe elogiasse a letra. Sim, a letra. E depois disse que eu tinha um nome muito bonito e que adorava o meu apelido. Felizmente, a reunião acabou pouco depois, ou ainda saía de lá com uma pulseira a dizer best friends forever.


das decisões tomadas

Se desta vez o acaso não decidir resolver-me o problema sozinho, eu dou-lhe uma ajuda. O máximo que pode acontecer é alguém ver a própria genitália reduzida a pedaços numa caixa de petri.

Claro que isto é fisicamente impossível porque aquilo é pequenino, mas eu queria que parecesse hardcore. Imaginemos uma caixa de petri grande. Isso.

cinderela vai às aulas de condução

Parei num semáforo e fiquei a olhar para ele, à espera que ele mudasse. Como dá tempo para ler a maria, tricotar três pares de botinhas de lã e fazer uma sopa até que o semáforo passe a verde, acabei por ficar a olhar à volta, como se fosse o melhor dia da minha vida e eu estivesse realmente feliz por estar à espera.

Entretanto, comecei a sentir-me estranha. Não conseguia explicar. Parecia que estava tudo a andar para trás, e eu não entendia porquê. Só podia ser de mim. Devia estar tonta como antes, ou talvez estivesse a assistir ao início do fim do mundo e fosse por isso que tudo estava a fugir do meu controlo.

Armada em parva que só eu, tinha tirado o pé do travão.

querida, fofa e sociável, prazer

Tenho a mania de me perguntar se há mais alguma coisa que me possa acontecer, porque sou burra e está difícil de perceber é óbvio que sim. Há sempre mais alguma merda para me acontecer.

Desta vez, foi um gajo cromo e labrego que dói, a tentar meter conversa. Isto não é novidade, porque a gente decente foge de mim a sete pés, mas pareço ser um íman para labregos. Claro que, se eu já de bom humor sou má, de mau humor sou insuportável e tenho a sensibilidade de uma torradeira, o que resulta em respostas de que não me orgulho.

A criatura começou a insistir, que eu não gostava dele sem motivo, e que se eu o conhecesse ia mudar de ideias e blá blá blá. Ignorei-o. Perguntou-me se podia desabafar comigo, porque eu agora tenho ar de mestre mambo e estou com muita paciência para ouvir as frustrações sexuais dos outros. 

Talvez não tenha sido muito simpático da minha parte ter-lhe dito que não o queria conhecer para nada, porque conhecia o suficiente para saber que ele era um puto labrego, irritante e convencido, e que tinha mais do que fazer do que saber da vida frustrante dele. E talvez isto me renda um lugar na primeira fila no inferno mas - valha-me isso! - o gajo não voltou a falar.

oh no!

Parece-me que chegou a altura de eu voltar a saber que em que dia da semana estamos. Oh lord. Estava tão bem na doce ignorância que as férias me conferiram. Todos os dias eram sábado.

the hardest part of this is leaving you

Antes, costumava perguntar-me por onde andaste a minha vida toda. É realmente estranho pensar nisso, como se a vida antes de ti já não fizesse sentido nenhum e fosse incompreensível que eu tivesse vivido tanto tempo na ilusão de que era feliz, não sabendo que tu existias.

E este pensamento soa a estúpido, porque eu não posso dizer que me tenhas feito particularmente feliz, ou que esteja feliz agora porque isso está, talvez até mais do que nunca, longe de ser verdade. A questão é que agora eu sei que existe alguém como tu, e isso faz toda a diferença. E, ao contrário de antes de te conhecer, agora fazes-me falta, e já nada parece o mesmo sem a tua presença. 

É por isto que voltar àquela escola vai ser uma tortura. De alguma forma, vai parecer-me vazia, e não vai haver nada que me faça ter vontade de me levantar da cama de manhã. Vai ser só um arrastar de dias, até que eu me esqueça de ti, ou até que me habitue à falta que me fazes.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

o alfredo ernesto da família

Nunca percebi o porquê da tendência, mas tenho uma tia que, de todas as vezes que me vê, e notem-se que nem são assim tão poucas quanto as desejáveis, insiste em dizer fogo, patrícia, tu estás uma mulher!

Afinal há mesmo pessoas que esperam que, eventualmente, eu me acorde um dia transformada em macho latino. 
Nunca mais faço a depilação.
Nem a barba.

nem disse

Com isto tudo de se diminuir o número de turmas, espetaram comigo e com mais não sei quantos, destes a acabar disciplinas de ciências, numa turma de humanidades. Aquele horário é uma salganhada do caralho e não se percebe nada, só que devo ir ter aulas com três gatos pingados e que é uma merda. Sou capaz de estar ligeiramente irritada.

funciona

O lado bom de andar a arrastar-me pela casa num estado de deprimência sem precedentes, é que esta é a única dieta que funciona comigo. Pelo menos não me apetece comer nada. 

Uns dois meses assim e fico fina. Ou morta.

foi um prazer escrever-vos durante todo este tempo

Acabei de ver o meu horário. 
Ora, se 1h30 já está mais do que visto que é de mais... QUEM FOI O OTÁRIO QUE ACHOU GIRO TERMOS 1H45 DE AULA? E claro, comeram-nos os intervalos. Um de 15 e um de 5 minutos. Só podem estar a gozar! 
Pior: mesmo estando só a fazer duas disciplinas e assistir a outras tantas, vou ter de ir às aulas todos os dias. E ter aulas de tarde, que vão implicar apanhar uma seca do caralho. E o giro é que estou a ponderar mudar de turma para poder assistir a aulas do 12º, e já estou a ver onde é que isso me vai levar.


planos para a escolinha

Não quero parecer tendenciosa nem nada, mas quer-me parecer que, de cada vez que alguém me falar, eu vou rosnar. Sério. Acho que a pouca paciência que ainda me restava, se sumiu durante o verão e agora tenho um feitio ainda mais insuportável. Brace yourselves, vou chegar ao fim do ano sozinha na turma.

o drama

Nunca estive tão desmotivada com o início das aulas quanto este ano. O meu escritório está um caos, porque depois dos exames me limitei a atirar a tralha da secretária para a estante e a não pensar mais no assunto, e também ainda não me apetece mexer naquilo.
E quer-me parecer que, depois de tanto tempo a dizer que não gostava da minha turma, este ano eles me vão parecer o amor da minha vida, quando eu for emprestada a um monte de putos excitados com a mania que são bons. Nunca pensei dizer isto, mas vou mesmo ter saudades.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

o que ninguém diz

Nem tudo é possível, e há coisas que nem o tempo resolve. Aliás, o tempo não resolve absolutamente nada. Fica tudo exatamente igual; a única diferença é que, como com quase tudo o que não gostamos na vida, nos acomodamos e passamos a viver muito bem com isso. 

Não deixamos de sentir a falta de alguém. Habituamo-nos a viver com essa falta. Não deixamos de querer mudar. Habituamo-nos de tal forma às nossas vidas, que parece não valer a pena querer ser diferente. O mais irónico de tudo, é que alguns acham mesmo que são felizes com as vidas programadas para que, dia após dia, seja tudo igual. Para que nada falhe. 

Depois existo eu, que acho que tudo é um erro e quero consertar tudo, quero atar as pontas soltas, remediar o que não foi feito na altura certa, deixar tudo resolvido. Mas é óbvio que o mundo também não funciona assim; há coisas que já não podem ser feitas. E outras que já não podem ser ditas. Essa ideia de que eu posso fazer o que quiser é muito bonita, mas é igualmente falsa. Já não posso, já não há nada a fazer. Uma decisão errada na altura errada, e esgotam-se todas as hipóteses.

O que perdi, está perdido. Agora é só habituar-me a isso.

à procura de uma forma de suicídio doloroso

Conheci-os quase na mesma altura, e acabaram por se tornar os dois bastante importantes, ainda que por motivos muito diferentes. Mas, como é óbvio, acabei por me afastar dos dois, ou não fosse essa a história da minha vida. Agora, o interessante é que, tendo eu conhecido um na china e o outro no méxico, eles tenham ido parar ao mesmo curso, na mesma universidade. E o pior é que eu conheço o suficiente para saber que eles se podem vir a dar bem. Muito bem mesmo.

Claro que isto aliado a outros factos, não menos relevantes mas que agora não vos interessam, torna um tanto ou quanto provável que eu dê por mim ao pé dos dois numa noite qualquer. O que é fantástico, porque o que menos me apetece agora é, além de ver qualquer um dos dois, que eles se apercebam da ligação. E só o facto de eu não querer que aconteça, torna a probabilidade de acontecer enorme. Oh deus, era mesmo isto que me faltava.

on my way to hell

Dar armas a cegos é dar um tiro no escuro. 

hell, no

Seria uma pena se o brad pitt se juntasse ao grupo dos que guardam os colhões na mala da mulher. Mas dividi-los? Isto é demais. A seguir tenta o milagre da multiplicação, é?

reset

Se eu pudesse, mandava parar a terra para sair um bocado. Entrava na próxima estação; talvez do outro lado do mundo, e recomeçava do zero - porque no zero já eu estou. Estou demasiado farta de tudo aqui, preciso de um sítio onde, por uma vez, por uma única vez, eu consiga ser feliz.

boa

Podia aproveitar os últimos dias de férias, com este tempinho mesmo bom, mais de 30º e nem um bocadinho de vento. Em vez disso, preferi estar vestida de traficante de droga, a passar a ferro a meio da tarde, de leggins, tshirt enorme e casaco. Ainda assim, cheia de frio e de dores de garganta.

Mas há mais alguma coisa para me acontecer?

sempre sempre sempre

De cada vez que ligo o computador, prometo a mim mesma que não fico mais do que meia hora e depois vou fazer alguma coisa útil. Duas horas depois, dou por mim no youtube a ver um vídeo sobre como treinar cavalos para lavar a louça.

reflexões

Há dias em que a vida me parece uma mentira tremenda, como se não fizesse o menor sentido. Parece-me quase absurda a nossa passagem pelo mundo, porque tudo o que se passa entre o dia do nosso nascimento e o dia da nossa morte, é uma ilusão. 

Que sentido faz? Nascemos, crescemos, inventamos uma personalidade à pressa que vai sendo moldada com o tempo, até fazer de nós bonecos imprestáveis como que acabados de sair de uma fábrica que nos faz todos iguais. E então, fingimos que podemos ser diferentes, tentamos ser os melhores das piores maneiras - tentamos ter a maior casa, o melhor carro, o emprego mais importante, os filhos mais especiais. Vamo-nos convencendo com o tempo de que somos felizes, sabendo que a ampulheta é virada ao contrário no dia no nascimento, e o objetivo da nossa vida é só reproduzirmo-nos antes que o tempo se esgote. Tudo o resto que fizémos - se fomos ricos ou pobres, boas ou más pessoas, importantes ou insignificantes - morre connosco. Ninguém vai querer saber; como se tivessem destapado o ralo da banheira e já tivesse desaparecido a última gota: nunca existimos.

E é para isto que nós vivemos? É para isto que tentamos ser mais e melhores? Parece-me um objetivo muito triste. Ou então sou só eu que hoje não tenho vontade de viver.

felicidade é

Pensar que ia à praia mais uma vez antes do verão acabar, mas acabar por não ir por razões que nem valem a pena, e ainda acabar por ficar doente. 

Falem-me lá do calor que está lá fora enquanto eu me enrolo em duas mantas.

um dia eu deixo-me de músicas deprimentes

Under the bridge downtown, is where i drew some blood
Under the bridge downtown, i could not get enough
Under the bridge downtown, forgot about my love
Under the bridge downtown i gave my life away.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

estou chateada e achei que vocês deviam saber

Um agradecimento especial ao wareztuga que não me deixa ver o segundo harry potter, nem o primeiro star wars, nem o shutter island, mas deixa-me carregar o movie 43, que é só o filme mais estúpido de sempre, consideravelmente rápido, tendo em conta a velocidade normal do bicho. Eu mereço?

you had one friend

Por mais que eu tenha a mania que sou anti-social, ainda há pessoas que me conseguem desapontar. Tipo aquela para quem eu estou sempre disponível, e que tem tanta paciência para mim quanto eu tenho para debates políticos. E que fez questão de me contar que tinha conhecido pessoalmente alguém que é bastante importante para mim, mas decidiu deixar de me responder quando lhe perguntei como e porquê. Passaram umas 3 semanas.
Et voilá, é assim que eu vou ficando cada vez mais sozinha, porque em cada 5 pessoas, 927910, me desiludem. E eu estou cansada disso. Não me parece que lhe volte a falar.

best. quotes. ever.

"Quanto mais amigos e mais gostos, mais populares somos."

"Para uma rapariga ter ‘swag' ajuda ser bonita e vestir bem, além de saber posar para as fotos, mas para um rapaz convém usar peças específicas de roupa", adianta Micaela. "É preciso vestir as marcas que estão na moda, como os bonés New Yankees Cap, camisolas Obey, Wad, entre outras.

"Uma pessoa é social se tiver muitos likes, amigos e seguidores, e ser adorado por algumas raparigas, é a mesma coisa que ser popular. Isso faz com que no dia seguinte já sejamos rotulados como o ‘social', mas esta palavra cria muitas rivalidades entre alguns rapazes"

André, Tico e Hugo têm 12 anos e vivem na mesma rua. "Ser adolescente é ser diferente do que éramos antes, que só queríamos brinquedos e jogar à bola. Agora também nos preocupamos com a imagem e estamos muito tempo no Facebook, porque é importante para pôr fotos, por vezes para arranjar namoradas"  

Ainda não há muitos dias a mãe apareceu-lhe em casa com as sonhadas leggings com a bandeira do Reino Unido de padrão. "Eu andava sempre a dizer que tinham swag e a pedir umas e ela fez-me a surpresa. Fiquei mesmo contente porque preocupo-me com a minha imagem, com o vestir bem; hoje isso é importante para uma pessoa ser popular na escola".

"Há os betinhos (aqueles que não fazem mal a ninguém); os agarrados: que estão sempre com um cigarro na boca e que só veem o vício; os swaguetas: pensam que têm estilo próprio, todavia têm um estilo igual aos outros; os swaggers: que têm um estilo próprio; os niggas: pensam que fazem mal a todos, mas não valem nada"

Roubei estas frases, de uma inteligência inalcançável pelos demais comuns mortais, daquele artigo do cm que não sai do meu feed. 
E, sinceramente, nem sei o que dizer sobre isto. A pouca esperança que eu depositava nestes swaggers, foi-se que nem um peido num dia de vento. Aos 12 anos, criaturas? Com essa idade eu ainda brincava com bonecas e passava as tardes a jogar jogos de meninas no microjogos. Nunca me fartava daquilo. E tinha um hi5 com autopics hediondas. Acreditem ou não, juro que era feliz.

Agora eles fazem distinção entre os swaggers e os swaggetas. Como se algum deles tivesse estilo próprio, e não fossem todos a cópia uns dos outros. E o mundo um dia ainda vai ser governado por esta gente.


antes dos 30

Mudar-me para outro país. Talvez frança.

ou deito-me pacientemente na linha do comboio

Há qualquer coisa no mr nobody que me deixa sempre com a cabeça às voltas. Acho que é a ideia de que, tudo o que é assim, podia ter sido outra coisa qualquer; tudo era possível até ao momento da escolha. É óbvio que nem tudo é possível, mas há coisas que podiam e deviam ter sido diferentes. E é verdade - a minha vida está toda fodida, não há duas coisas certas. Está tudo tão errado agora que eu já não sei para onde me virar primeiro.

E depois, vêm as decisões e a ideia de que, seja o que for que eu decida, vou sempre estar errada. Ou a de que estou num beco sem saída, e não há nada mais a fazer, senão esperar que algo mude, como se fosse verdade que o tempo muda aquilo que deixámos ficar igual. Bah.

cinderella can't find the wonderland

Este verão consegui cair em todos os buracos que havia para cair, bater no fundo, e ainda não encontrei o país das maravilhas. Não, esses pensamentos otimistas baseados na mania de ler livros que já não são bem para a minha idade, também deixaram de surtir efeito. 

Não há nada de bom em estar em baixo.

cinderela vai às aulas de condução

Ontem dei boleia a uma amiga minha, e a outra rapariga. Bom, apesar da vontade de rir, a tal minha amiga diz que quer que eu lhe dê boleia mais vezes. Agora, nada me tira da ideia que, depois de ter andado por ruas tão estreitas que, indo a pé, o meu cu vai batendo de um lado e de outro, tantas descidas, paragens em subidas (coisa que, cinco aulas depois, ainda me faz um bocadinho de confusão), vai implorar ao instrutor que só me deixe fazer o exame de condução em 2089, para garantir a segurança dela e dos filhos. 

my girl

Weeping willow with your tears running down, why do you always weep and frown? Is it because he left you one day? is it because he could not stay? On your branches he would swing, do you long for the happiness that day would bring? He found shelter in your shade. You thought his laughter would never fade. Weeping willow, stop your tears. There is something to calm you fears. You think death has ripped you forever apart. But I know he'll always be in your heart.
Ah e tal, um filme com miúdos, deve ser fofo. Pois sim. Passo o filme todo a derreter, oh que eles são tão queridinhos, e no fim espetam-me com uma morte só naquela de me deixar a chorar baba e ranho. Credo, isto não se faz num filme com crianças adoráveis! E está bem que o gajo cresceu, meteu-se nas drogas e morreu seco e feio que nem um bacalhau, mas ali era lindo e fofo e pequenino. Não não não.

E podem odiar-me à vontade pelo spoil. Idfc, estou frustrada.


E sim, sou uma criatura triste e fui buscar o poema ao imdb, porque se eu já estava a chorar antes, a miúda quase me levou ao suicídio com aquela porra.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

e eu nem gosto de radiohead

I wish i was special, you're so fucking special. 
But i'm a creep, i'm a weirdo. What the hell am I doing here? I don't belong here.
I don't care if it hurts, i wanna have control, i wanna a perfect body, i wanna a perfect soul.

But i'm a creep.

sado

Disseram-me hoje que a média de medicina baixou imenso. Bem, vou só manter-me no secundário mais uns 10 anos, sou capaz de conseguir entrar.

quando me ouvem a falar

quando tu dizes asneiras, é de morrer a rir só de imaginá-las ditas com a tua vozinha!

Thank god, vocês nunca vão ouvir a minha voz, ou os posts aziados a mandar tudo com o caralho perdiam a credibilidade toda. Mesmo com voz de pita, sou má na mesma. É só um disfarce. Conseguem imaginar o quão creepy eu vou ser quando for velha, com esta voz? Ainda acabo a fazer filmes de terror.

estamos entendidas, lil bitch?

and i think to myself

What a wonderful world. Para os que gostam de trovoada.

domingo, 8 de setembro de 2013

falem-me lá dos vossos verões emocionantes e do quão felizes são

Tudo o que faço está errado, e não faço falta a ninguém. Toda a gente vive bem sem mim - talvez até melhor-, e eu estou cansada disso. Mesmo mesmo cansada. Não importa o que aconteça, não importa o que eu faça, sou sempre eu quem não importa. 

Estou farta de ver pessoas felizes e não conseguir sentir o mesmo, e então prefiro ficar sozinha, mesmo sabendo que hoje podia ter saído, e que, provavelmente, até estaria melhor do que aqui, a chorar em frente a um computador, a escrever aquilo que poderia facilmente ser confundida com a minha nota de suicídio. Bem, não é. Nem para isso teria coragem.

then you find out that the hot boy is a lil shit

A nonhot boy stares at you relentlessly and it is, at best, awkward and, at worst, a form of assault. But a hot boy... well.

John Green, 
the fault in our stars 

pretty cinderella

Eu até gosto de malas, só não gosto de as usar. O problema é que me farto delas em menos de nada, o que torna impensável a ideia de comprar uma mala cara.

Agora, andava com um problema; tinha duas malas: uma já velha, que agora me parece feia que só ela, e uma gira que comprei há pouco tempo, mas onde não cabe um livro. E isto sim, é  um problema sério.

Então, ontem vi uma mala gira que só ela. Perguntei ao preto e ele disse que ela custava 30€. Tínhamos um problema. viro-me para ele:

- olhe moço, tem que me fazer um desconto, porque eu sou pobre! só tenho 20€ na carteira, e queria mesmo oferecer uma mala à minha mãe.
- vou-lhe dizer uma coisa, a menina é muito bonita. escolha duas mala, eu dou-lhas por 20 euros.

E foi assim que wild bicha e wild mommy ganharam uma mala, de 30€ (chulos! isto é da feira pá), por 20. E não, não vou com vocês às compras.

famous cinderella

Já por alturas do sunset, houve um gajo que, sem quê nem para quê, me chamou shakira. Confesso que achei que ele estivesse só bêbedo, mas ontem descobri que não. Afinal, eu tenho mesmo alma de vedeta!

Ontem foi a noite em que eu tive uma família completa a afirmar já me ter visto na televisão. Disse-lhes que sim, que sou o orangotango do circo de natal. Eles foram-se embora convencidos de que tinham conhecido alguém famoso.

geek cinderella

Ontem à noite comprei doze livros velhos, velhíssimos, de páginas amarelecidas e a ameaçarem soltarem-se. Quatro deles, estão em francês. Acho que estou apaixonada.

(quem, no seu perfeito juízo, vende livros assim a... 50 cêntimos?!)

must confess

Pela primeira vez, sinto-me realmente mal por ainda não poder entrar na universidade este ano. É o que dá ser inteligente.

Acho que vou acabar dona de uma roulote de farturas.

sábado, 7 de setembro de 2013

à pressa

Houve uma altura em que tive medo de me voltar a apaixonar pela mesma pessoa, mas acabei por perceber que isso nunca poderia acontecer, porque houve alguma coisa que mudou desde a última vez que eu olhei para ele dessa forma. Durante este tempo, acabei por perceber que era possível gostar muito mais de alguém, do que algum dia gostei, ou poderia ter gostado, dele. Entendi, talvez tarde demais, que eu não estava apaixonada por ele, mas sim pela forma como o via.

Entretanto, aprendi a gostar de alguém. Aos bocadinhos, como quem não quer a coisa, de tal forma que até eu fiquei surpreendida quando percebi o quanto gostava dele. E podia ficar triste com o facto de não o ir voltar a ver, e de ele se estar a cagar para mim - no fundo fico, mas não morro disso, e continuo a dizer que ele foi das melhores pessoas que eu conheci.

As coisas más equilibram o mundo. Nunca seríamos capazes de perceber o que de bom nos acontece, se não tivéssemos passado por situações difíceis. E agora eu entendo que baralhei tudo, que o primeiro nunca valeu nada, mas que o segundo fez com que valesse a pena passar pelo primeiro. Talvez nunca tivesse percebido o valor dele, se não tivesse conhecido a falta de valores do outro. Não, eu poderia voltar a achar que gosto dele.

para deprimir

Acendo mais um cigarro, invento mil ideais
Só que amanhã, sei-o bem, é sempre longe demais

antes dos 30

Fazer uma road trip numa pão de forma.

descobri o paraíso no youtube

Sinto-me tentada a fazer uma playlist só com músicas em piano. Acabei de encontrar este rapazinho que faz covers incríveis de músicas dos avenged sevenfold, e eu acabei de decidir que vou casar com ele. Só falta avisá-lo mesmo.

Aqui a unholy confessions, porque foi a primeira música deles que eu ouvi, e continua a ser das minhas preferidas. E ficam aqui com a original, só porque sim. Mas depois há a nightmare, a dear god, a afterlife, a little piece of heaven. Oh deus, estão todas tão boas.

starting to freak out now

As aulas estão quase a começar e eu ainda não faço ideia do que vai ser de mim. *palmas*

apeteceu-me partilhar

Talvez eu tenha descoberto a melhor página de sempre no fb. Aww, para os apaixonados por bichinhos, que se ficam a babar com estas coisas.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

eu e a sorte, de mãos dadas para sempre

Acho que a minha aversão por fazer planos, vem toda de situações como esta, em que tudo acaba por correr mal à última hora. E então, estava tudo programado para wild bicha mal meter os pézinhos em casa durante o fim de semana. Tragédias e mais tragédias, wild bicha fica em casa, e é se quer.

Com sorte, domingo ainda consegue ir à praia. Mas é só com muita sorte, e se não chover.

drunk cinderella, stoned cinderella, crazy cinderella

Quando eu ou a patrícia saímos, e estamos rodeadas por pessoas que não conhecemos, a apanhar uma seca descomunal, costumamos ligar uma à outra e começar a ter conversas estranhas. Normalmente, basta um foda-se, não acredito que mijaste outra vez no cantinho da sala! para deixar toda a gente a olhar para nós como se fôssemos potenciais assassinas, mas no caso de não resultar à primeira, é só continuar a conversa nonsense. Não sei, há algo de divertido no ato de parecer completamente deficiente.

Agora, se te quiseres arriscar a perder um amigo, faz isto quando estiverem juntos, lado a lado. Quando estiverem a passar por alguém, perguntem, num tom de voz audível, de preferência, então, ainda estás entupido ou já cagas em condições? O ar de choque das pessoas, vale o risco de o amigo em estudo nunca mais te querer ver, nem bordado a ouro e com um naperon em cima.

Isto não serve para nada, a não ser para provar que és portador de um atraso mental profundo, a precisar de acompanhamento psiquiátrico urgente. Mas, nesse caso, estamos juntos.

ainda de ontem

Verdade seja dita, eu estou sempre um passo atrás em tudo quanto exija socialização, por isso não me perguntem em que momento é que começou toda esta febre do swag, e dos hipsters, e do caralho que foda essas porcarias de que eu não percebo um cu, porque tenho a sensação de que, quando me dei conta, elas já estavam instaladas há muito tempo. Agora, começo a ter a sensação de que isso está a ir um bocadinho longe demais.

Quer-me parecer que as pessoas começam a levar demasiado a sério essa ideia do live young, wild & free, porque, acreditem ou não, acabam por envelhecer na mesma. Por isso, ver um jovem com os seus 70 anos, de calções pretos curtinhos, sapatos pretos, e meias da mesma cor, puxadas quase até ao joelho, não é bonito. Não consegui perceber a ideia - se aquilo é a ideia de swag na terceira idade, se é hipster ou se o velhote estava só a tentar imitar a pipi das meias altas. Em último caso, fiquei assustada e a imaginá-lo com um cap na cabeça. Da monster.
E a ouvir rap.
E a gritar para a mulher até de 4 a tua mãe fazia o almoço mais rápido, gorda!
E a dizer ao neto é puto, a gaja era mesmo boa! quase nem se notavam os joanetes nem nada, e jurou-me a pés juntos que tinha tratado das hemorróidas antes de sair.

E... chega de visões assustadoras. Acho que devia começar a dormir mais.

na margem

Não sei muito bem explicar porquê, mas ontem as pessoas pareciam-me mais simpáticas do que o normal. Entre o revisor (bom, mas esse talvez estivesse com medo que eu o atacasse depois do pequeno incidente), o rapazinho da bilheteira, o outro super querido da barraquinha dos brincos - e até mesmo o do mac, quando eu fui enfardar um mcflurry, não consigo escolher qual foi mais fofinho - trust me, acontece uma vez num milhão. Não sei, estavam todos demasiado adoráveis para o meu gosto e assim eu começo a correr o risco de simpatizar com as pessoas. Ou estavam só com medo que eu me tornasse violenta.

guilty pleasure

There's nothing i wouldn't do to hear your voice again,
sometimes i wanna call you, but i know you won't be there.


Descobri que a hurt da christina aguilera combina muito bem com os dias em que uma pessoa tem vontade de se atirar para a frente de um comboio. 

Isto está a descer cada vez mais. Por este andar, volto para a escola a cantar o mãe querida, mãaaaaae queridaaaaa, o melhor que a geeeeente têeeem, não há outro amoooor na vidaaa, igual ao amoooor de mãaaaaaae.
É só.