Nunca suportei putos conas, daqueles bem insuportáveis de tanto mimo. Há, por exemplo, um que costuma ir no mesmo autocarro que eu, e que, apesar de ter de andar praticamente tanto quanto eu ando para ir para o autocarro, parece incapaz de o fazer sem aquele apêndice que é a avózinha dele.
Sério. Ele só tem de atravessar a estrada. Ainda assim, e mesmo naqueles dias em que não está a cair mais do que aquela chuva molha parvos, a velha insiste em ir levar a criatura desde a porta de casa até à do autocarro debaixo do chapéu. Pouco lhe importa se, enquanto ela entope a entrada, nós apanhamos chuva ou não, ou se entretanto nos espeta a vareta do chapéu no olho e nos deixa vesgos; o que lhe interessa é que o imaculado corpo do netinho não tenha apanhado uma única gota de chuva.
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