Eu sou, definitivamente, um caso perdido. Quando acontece alguma coisa, tanto faz dizerem-me que vai correr tudo bem como não - estou-me a foder para o que os outros dizem, eu é que sei da minha vida. Claro que na prática não é bem assim, mas eu fico com vontade de me isolar do mundo e enterrar a cabeça na areia, até que a tempestade passe.
Mais tarde, lá entendo que enrolar-me no meu canto a chorar baba e ranho enquanto passo em revista todos os momentos em que errei, todas as oportunidades que eu tive para fazer bem as coisas e, mesmo assim, fiz merda, não adianta. E então, fico capaz de tudo e mais alguma coisa, o que chega a ser um perigo. Só não separo as águas do mar vermelho para não aborrecer moisés, que diz que isso foi ideia dele.
Isto é quase bom, não fosse eu estar certa de que, para variar, sou eu quem vai acabar mal. Safoda.
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