sábado, 31 de maio de 2014

juro que esta é a melhor página de sempre


from hony

E juro que podia ter dito exatamente o mesmo sobre mim, palavra por palavra. Mas a mocinha é fofa que dói, e eu sou um trambolho ambulante. A vida não é justa.

patrícia, porque é que és tão má?

O meu lado mais macho também se reflete na forma como trato as minhas amigas - não, não contem comigo para vos espetar dois beijinhos nas beiças todas as manhãs nem para ser mega fofinha e tratar-vos por amor. Se tiver alguma coisa simpática para vos dizer, com sorte, eu digo - se não tiver, não minto. Há quem diga que sou bruta, há quem me ache má. Sou má e bruta que nem uma porta, que sou, mas não compactuo com a seita das miguitas foréber que depois lixam a vida umas às outras.

Ainda há uns dias li uma mensagem enviada por uma gaja a uma amiga minha que, do que me lembro, dizia mais ou menos isto: apesar de tudo, apesar das tuas atitudes menos corretas, eu amo-te na mesma como sempre te amei porque és uma boa amiga.

E quem era a gaja?, perguntam vocês. A mesma a quem o (ex)namorado da moça anda a fazer uns assaltos à cueca, sabe-se lá desde quando. Mas é amor, porque ela disse que ama. Eu é que sou má. Ah pá, vão-se foder, vão!

matemática é melhor, espera lá

Eu sei que estou meio perdida neste mundo quando um rapazinho que está no segundo ano de engenharia informática me diz que achou português no 12º horrivelmente difícil. Então tá.

evil queen

Há dias em que eu consigo passar bem por uma moça calma e sossegada, mas há outros em que fico particularmente insuportável e nem o diabo quer nada comigo - ontem foi um desses dias. Não sei muito bem porquê, mas fiquei super irrequieta e com uma tendência desastrosa para fazer asneira. Deu merda.

Tudo começou quando pequei - pratiquei o facejacking. Peguei no telemóvel de uma amiga minha e comecei a escrever estados à toa. Depois da mãe lhe ter ligado, seguida de uma amiga, ambas a querer saber se a mocinha estava pura ou mais pedrada do que a tia amy vinhodacasa, achei melhor parar com os atentados ao mural e passar-me para o chat.

Correu tudo bem enquanto eu me limitei a mandar mensagens como tens umas cuecas a mais? é que eu estou na aula, achei que era só um peidito e borrei-me toda. o que é que eu faço?, ou quando é que saímos juntos, lindo? pago-te um panaché!. Entretanto, e no seguimento de um outro estado que dizia estou ansiosa pela expo! mal posso esperar para ver o tony carreira mais uma vez, um rapazito com um atraso mental - juro, este tem mesmo um atraso mental - decidiu meter conversa e eu decidi cometer o erro de lhe responder, convencida de que ele desistiria. Nada poderia ter sido pior.

A última vez que tive acesso ao dito chat, ele estava a enviar mensagens aproximadamente de 30 em 30 segundos a pedir boleia para o dito concerto, a oferecer-se para lhe levar uma pen com músicas do querido tony, a implorar-lhe que leve uma máquina fotográfica para poderem tirar fotos juntos no concerto, a dizer-lhe que se vão divertir muito. E que lhe paga um panaché.

Vou para a primeira fila do inferno, não vou?

sexta-feira, 30 de maio de 2014

parabéns a mim

Desde pequena que gosto de café. Pronto, vá, claro que em pequena a minha definição de café ia pouco além de uma mistela um tanto ou quanto parecida com água do esgoto mas, anyway, era melhor do que nada. 

Só mesmo por ser eu, esta paixão tinha de ter um fim - houve uma altura em que fiquei tão viciada em café, que ganhei intolerância à cafeína. Yup, tanta gente a beber mil cafés por dia, e tinha de ser eu a presenteada. Claro que, volta e meia, bebo na mesma, sabendo que me faz mal, sabendo que fico à beira de um treco de cada vez que o faço. Nem sei se é por teimosia ou por estupidez. Ou talvez seja só um bocado suicida.

Depois de muito tempo longe da cafeína, experimentei um café na terça. Convenci-me de que conseguia suportar na boa o efeito que senti ao nível do meu coração meio doido e com tendência para acelerar - hoje bebi outro. Quase desmaiei na aula de zumba. Muito bem, acho que estou no bom caminho.

metamormago

A prova de que às vezes as pessoas só falam para não estarem caladas é quando, por exemplo, decidem começar a fazer perguntas cuja resposta é ridiculamente óbvia e elas já sabem à partida. Então, esta semana, a pergunta geral foi ahhhhh, pintaste o cabelo?

Vejamos: na segunda, eu tinha o cabelo horrível, em três tons de laranja e com as raízes a dar de si. Na terça eu tinha o cabelo vermelho escuro.
Para ser estúpida, resolvi responder que não, que não tinha pintado, que tinha acordado assim. Acreditem ou não, houve mesmo quem, a seguir a essa explicação, ficasse muito espantado por saber que pintei mesmo. Ok, tudo bem. Adoro quando me fazem sentir um génio.

gostava de me entender

Ainda não percebi ao certo como é que eu faço isto, mas todos os dias eu dou três passos à frente e todas as noites eu volto cinco passos para trás. É mais ou menos a isto que me refiro quando digo que estou perdida - tenho medo de acreditar e tenho medo de não acreditar. Tenho medo de ir e tenho medo de ficar. Tenho medo e não sei muito bem o que fazer; gostava de conseguir não fazer nada, mas isso não é do meu feitio. Entendem a confusão? É, nem eu.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

ainda sobre o noivado dos outros

Não gosto de casamentos pela mesma razão que achei ridículo o conceito do novo programa da sic - é tudo muito bonito, é tudo sobre o amor, é tudo por amor, mas gira tudo à volta do dinheiro. Como sempre. Como se não houvesse mais nada neste mundo que importasse mais.

Don't get me wrong, é óbvio que o dinheiro importa porque, com grande pena minha, o afeto não paga dívidas nem mete comida na mesa, a não ser que se trate de uma prostituta muito dada ao sentimento, mas ainda sou inocente ao ponto de achar absurdo que o mundo gire à volta de papel - e não me fodam, o casamento é um negócio.

Acredito que por mais anos que viva, nunca vou conseguir entender a excitação de se gastar mais dinheiro num só dia do que aquele que eu ganharia a limpar sanitas na disneyland durante cinco meses. O melhor de tudo é que, de cada vez que eu digo isto em voz alta, há sempre alguém que me diz então e o dinheiro que ganhas dos convidados? que é outra coisa que eu acho fascinante - convidam as pessoas, como se estivessem cheios de boas intenções, para ir a um casamento, e ficam à espera de uma prenda choruda que ajude a pagar as despesas do dia. Ou, no caso dos casalinhos a quem os papás pagam a fantochada toda, o dinheiro serve perfeitamente para ir ao ikea comprar estantes e prateleiras onde enfiar todos os cacarecos que as primas vindas do tibete especialmente para o dito casamento, mais as outras do sul da escandinávia e o tio do méxico, trouxeram. 

O casamento é um negócio estúpido, como tudo o resto que as pessoas teimam em camuflar de amor. Se eu gostava de ter alguém ao meu lado que me aturasse o resto da vida? Gostava. Quem é que não quer conhecer alguém com quem partilhar os dias, as noites, as horas felizes, as horas mortas e o caralho do copo para mergulhar a placa durante a noite? Todos nós. Mas estou mais ou menos certa de que não é preciso passar não sei quanto tempo a ouvir o padre repetir o que já disse um milhão de vezes a um milhão de outros casais, que acaba sempre no e até que a morte vos separe. Não há necessidade de ir encher o bandulho àquela coleção de lontras que convidámos para o casamento só por simpatia, só porque parecia mal excluir. Não há necessidade de espetar um anel no dedo só para dizer que se pertence a alguém - acredito que esse sentimento de entrega não precise de uma expressão física. Aliás, eu acredito que o sentimento, quando exista, não precisa de mais do que de si próprio para ser o que é. Um papel assinado não determina nada, uma troca de alianças não significa nada, um beijo em frente a uma igreja cheia de gente cujos pensamentos se dividem entre a comida e a vossa noite de núpcias, também não muda absolutamente nada. Tal como casar na conservatória, só pelas implicações legais - também não convidavam duzentas pessoas para vos verem assinar o empréstimo para comprarem um carro, pois não? Bem me pareceu.

O casamento é um negócio absurdo porque não é sobre amor e resulta muitas vezes num teste à inércia. Quantos casais não estão juntos porque não têm dinheiro ou paciência para um divórcio? É mais ou menos por isto que eu não quero casar nem tenho paciência para casamentos no geral - isto e porque é deprimente imaginar uma lontra dentro de um vestido de noiva. Mais ainda tendo em conta que o noivo teria de entrar na igreja com um cão guia, mas enfim - prefiro ser uma lontra livre.

amor e uma cabana, pois

De um lado estou eu, que acho que o gajo ainda havia de me pagar muito bem para que eu lhe deixasse meter-me uma anilha no dedo, e mais ainda para que eu me decidisse a ter um monstrinho de berço antes de fazer tudo o que quero fazer longe do cheiro a leite azedo. Do outro, está a gaja que fez ontem 18 anos e hoje publicou uma foto onde se vê a filha ao fundo e, em primeiro plano, a manápula dela e a do namorado com um anelinho em cada uma a anunciar que estão finalmente, repito, FINALMENTE, noivos. Então, tá.

a seguir tatuo 'only god can judge me' no peito

Ainda à hora de almoço dei por mim a perguntar-me porque raio haveriam os cachopos de andar com os braços cheios com aquelas pulseiras feitas com elásticos, toda armada em hater, toda armada em isto-é-demasiado-mainstream.

Mal cheguei a casa, dona mommy estendeu-me a mão e mostrou-me três exemplares das mesmas. Se alguém perguntar, digo que foi só para não fazer a desfeita - mas a verdade é que as acho giras que só elas e, agora sim, também tenho pulseiras até aos cotovelos. Apedrejem-me.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

boa boa

Vínhamos eu e a patrícia, muy miguxas, sentadas no autocarro quando um puto começa a dizer que baixa os calções para mijar no mar. Entretanto, ele sai e toda a gente parece esquecer-se da existência da criatura. Toda a gente, menos eu. Viro-me para a patrícia, com a maior das naturalidades:

eu: tu baixas as cuecas para mijar?
ela: eu não! e tu?
eu: também não...

Como é óbvio, isto coincidiu com um daqueles momentos em que se instala o silêncio e só se ouvem as vozes destas duas almas penadas. Quando olhámos à volta, percebemos que tínhamos instalado o pânico e os putos do banco ao lado estavam a olhar para nós mais ou menos assim:


É particularmente interessante imaginar aquela gente a achar que nós mijamos de cuecas.

nunca fui propriamente crente


Mas, por via das dúvidas, vou começar a rezar o terço todas as noites por um mundo onde não exista gente assim. Agora a sério... isto é verdade? Geez.

nu mê tempo

Ainda me lembro da altura em que, no meu primeiro blog, toda a gente ficava chocadíssima quando descobria que eu só tinha 15 anos - tudo quanto era blogger parecia ser casado, com filhos e, com um bocado de sorte, até já netos. Ainda não me habituei ao facto de a minha idade já ser tida como normal e de isto estar cheio de miúdas de 13, 14 anos que se limitam a falar dos one direction e a escrever textos para a melhor amiga, para a segunda melhor amiga, para a marida e para o amor da vida dela.

Sinto que fui demasiado normal. 

guess what?

Sinto-me uma daquelas velhas que vão para o centro de saúde com uma saquinha da farmácia, cheia de naperons para fazer uma renda volta, e nem quero ousar contar as vezes que já fui ao hospital este ano - mas tcharaaaaaaam: estou doente. Outra vez. 

our hearts combined like a neutron star collision

É caso para dizer: o problema não és tu, sou eu. Sou mesmo, de todas as formas possíveis. Não sei sentir assim - aliás, o meu problema não está no sentir; sempre senti tudo com tamanha intensidade que parece sempre que vou morrer de qualquer coisa - de alegria, de tristeza, de raiva, de amor. Se calhar também se morre de amor, não sei. Mas o meu problema está em admitir que sinto, em parar de me armar em cobra. 

Nunca me senti tão perdida. É mentira, vá - nunca sei ao certo o meu lugar no mundo, e já me senti muito perdida de outras vezes, mas agora que fazem parte do passado, nada me parece tão mau quanto o presente. Paciência. Daqui a uns meses ainda hei de perceber que também isto não foi nada de especial; é tudo uma questão de tempo, e a culpa é minha e dessa minha sede de dramas que me preencham os dias. Preciso de pontos de interrogação, preciso de reticências, e tu és um poço deles. Talvez seja por isso que eu gosto tanto de ti. Ou talvez não.

Tentar justificar um sentimento é mais ou menos o mesmo que tentar explicar o sabor da água - mas gosto de acreditar que vale a pena tentar. Eu também nunca compreendi porque raio alguém haveria de achar um alívio enorme tirar o soutien mal chegam a casa, porque odeio andar com o mamaçal às soltas, mas também duvido que alguém compreenda o alívio que é para mim ter-te sentado ao meu lado - mas é mesmo isso que eu sinto. Alívio. A bonança a seguir à tempestade, o regresso a casa depois de uma viagem longa. Como quando abandonámos um sítio bonito onde temos medo de não saber voltar, de não encontrar o caminho de volta - e eu achei que te tinhas ido de vez.

Seria um bocado triste não encontrar o caminho de volta, logo na altura em que descobri que eras o meu lugar preferido. Desculpa. Desculpa-me se isto não te fizer sentido, se não o conseguires entender - e se entenderes também. Não sei quem és para mim. Uns dias és um porto de abrigo e noutros és um cais perigoso, mas é sempre em ti que eu decido atracar - gosto das duas facetas de igual modo. Talvez até goste mais dessa vertigem dos dias em que não sei bem o que fazer, e do quanto me obrigo a manter-me calma para que não adivinhes o turbilhão de sentimentos que tens o poder de me provocar. Acima de tudo, temo-os, porque não sei aceitar a vulnerabilidade de quem deixa a nu tudo quanto sente - e desculpa-me por isso também. Desculpa-me se, na ânsia de esconder, acabo por ser demasiado distante, demasiado fria, mas eu sou mesmo assim - sou essa carícia meia feita, sou essa palavra meia dita. E um bocado estúpida, também.

No outro dia, tive de me obrigar a conter o impulso de te abraçar - depois de tudo, fiquei com medo de que, se te agarrasse, fugisses de vez, e então prefiro fazer-me de indiferente a mostrar-te o quanto me importo contigo. O quanto me preocupo quando não te vejo - e o quão triste fico sempre que não estás por perto. Parece clichê, mas fico mesmo, ainda que não ousasse pedir-te que ficasses. Quero que fiques porque queres e, não querendo, não te obrigo - quero, acima de tudo, ter-te por perto. Não saberia nunca dizer-te o quanto te admiro, e talvez seja por isso que o meu coração, com tendências suicidas, não se controla quando te vejo aproximar. Não sei - mas sei que é por isso que baixo o olhar sempre que te vejo vir na minha direção; o pensamento é sempre o mesmo - está um rapaz incrível a olhar para mim.

terça-feira, 27 de maio de 2014

ou chispe, também posso ser chispe!

Por mais vezes que eu diga que até já lido mais ou menos bem com o facto de o meu anonimato ter ido com o caralho, tenho de confessar que é sempre esquisito que eu sei lá descobrir que gente com quem me cruzo diariamente me vai lendo - especialmente quando desconfio que alguns desses leitores extra fazem parte daquele grupo que olha para mim com ar de quem me arrancava os rins a sangue frio se pudesse.

Por isso, caríssimas alforrecas, este post é uma espécie de despedida sem data marcada - se eu desaparecer da blogosfera, provavelmente fizeram de mim um belo fiabre da perna extra, e podem encontrar-me fatiada num intermarché perto de vocês. Anyway, foi muito bom escrever-vos!

for geeks

Sempre achei os casamentos uma perda de tempo e um desperdício de dinheiro mas, shame on me, não consegui não ficar com um bocadinho de vontade de organizar um casório assim. Se bem que eu acho que a única parte boa dos casamentos é o copo de água - será que fazia sentido casar-me saltando a seca da igreja, da troca de anilhas, do 'pode beijar a noiva'? It'd be great, thanks.

dizem que me revelei

Lamento, mas eu tenho mesmo um feitio de merda e não sei ficar calada - não me fodam. Como se já não fosse mau o suficiente o meu grupinho passar mais tempo a dançar o vira e a olhar para mim do que a tentar que as experiências corram bem, ainda estragam o que eu faço porque são incapazes de ler a porcaria das etiquetas que eu deixei nos tubos de ensaio, e acham que fica tudo bem se copiarem os resultados de outro grupo.

Não, não fica. E sim, eu comecei a disparar em todas as direções, alapei o cu e obriguei-os a repetir tudo - okay, sou capaz de, mesmo assim, ter tido de fazer mais do que eles, mas foda-se, estou cansada de gente que gosta de viver à sombra dos outros. Ou à minha. 

odeiem-me lá

Não quero parecer odiosa ou coisa que o valha, mas acho sempre um bocado estúpido quando vejo fotos, especialmente de gajas, no fb, depois de cortarem o cabelo com uma descrição mais ou menos tipo cabelo nooooovo!

Isso faz todo o sentido se tiveres trocado de peruca, mas tudo bem.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

só para anotar

Hoje foi o dia em que me apeteceu abraçar um rapaz com quem só falei uma vez na vida, mas que acho fofo que eu sei lá - e ainda lhe espetava com um beijo na bochecha com tanta força que havia de lá ficar marcado três semanas. Há que falar do mau, mas também há que aplaudir o bom, quando existe - e hoje ele subiu mil pontos da minha consideração.

arg.

Não sei se isto é normal, mas há poucas coisas que me enervem mais do que o barulho que as pessoas fazem a comer. Odeio aquela gentinha com uma tendência desastrosa para comer como se toda a gente estivesse ansiosa por ver a comida a ser misturada na boca, e acaba por fazer aqueles estalinhos estupidamente irritantes da saliva a ser misturada com comida. 

Juro que detesto este meu lado picuinhas mas não consigo evitá-lo. Não consigo mesmo não ficar a desejar poder comer sozinha.

pode ser dos one direction

You and i,
we don't wanna be like them, we can make it till the end.

Mas vão-se foder, a letra é gira.

domingo, 25 de maio de 2014

por um mundo melhor

Como já é do conhecimento geral, eu e a patrícia trabalhamos em conjunto para a constução de um mundo melhor e, como é igualmente do conhecimento geral, wild bicha odeia a namoradinha do irmão.

Acabei de entrar no fb e ver que o puto tinha publicado uma foto com a real criatura e feito uma descrição toda foficoisa sobre como ela é a mais linda do mundo e como ele a ama para sempre, ámen. Uma vez que a patrícia não se encontrava, neste momento de tensão, na posse de armas e em posição de ataque, senti a obrigação de assumir o comando e intervir, enviando esta imagem em jeito de comentário:


Algo me diz que vou ser barrada à porta de casa dela da próxima vez que lá tentar entrar. Wtv, it was worth it.

sou portadora de um neurónio solitário

Nem eu saberia explicar-vos o funcionamento da minha cabeça, mas só na sexta é que reparei que para mim só existem cinco idiomas; o português, o inglês e o francês que, uns mais outros menos, sempre domino, e o espanhol, de que não compreendo muito além dos buenos dias e das gracias. Tudo o resto que eu não compreenda e que me pareça falado com três batatas quentes debaixo da língua, para mim é alemão. É só.

não querendo ser má

Começo a desconfiar que a afrodite se reformou e que a deusa da beleza agora se dá pelo nome de retrica. É que, segundo um estudo realizado por mim, 98% das pessoas que usam o retrica para editar as fotos, ficam bonitas - mas 95,2%, ao vivo e a cores, são coisa para meter medo ao susto.

Só ainda não experimentei por estar mais ou menos certa de que eu faria parte daqueles 2% que, nem com as fotos mais alteradas do que a fronha da betty grafstein, ficariam minimamente aceitáveis.

what if?

It is a risk to love. What if it doesn't work out? Ah, but what if it does?

Peter McWilliams

sábado, 24 de maio de 2014

apercebi-me disto

Ter um blog é acabarmos por adorar uma pessoa que, se fizesse parte do nosso dia a dia, longe do blog, detestaríamos sem sequer a conhecer. Falo por mim - raramente gosto de alguém antes de conhecer. E também posso dizer-vos que, quase de certeza, não gostariam nem um bocadinho de mim.

adoro

Li no outro dia, nem me lembro se no fb ou no twitter, qualquer coisa como "devíamos era estudar hip hop na escola, aprende-se muito mais do que com cabrões como o fernando pessoa". Okay.

Às vezes a minha mãe ainda tem alguma esperança de que eu acabe por mudar de ideias e queira mesmo ficar a viver em portugal - mas eu quero mais é fugir daqui antes de esta gente começar a mandar no país.

alforrecas chamadas à secção de piruuuucas, alforrecas chamadas à secção de piruuuucas!

Onde é que eu posso encontrar tintas de cabelo fantasia - não estou certa de que seja assim que se diz, mas refiro-me aos vermelhos, rosas, verdes, azuis and so on - na zona de coimbra, com relativa urgência? 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

há uns dias

Instintivamente, agarrou-me a mão enquanto falava - senti que as minhas vísceras todas se tinham concentrado na zona do peito e que eu iria acabar por explodir a qualquer momento. Só queria fugir - don't get me wrong, por mim ficava ali o resto do dia, mas naquele momento eu só quis fugir porque tomei consciência da desigualdade entre nós e do quanto eu gostava daquele gajo e da sensação da mão dele na minha; tentei soltá-la. Muito provavelmente sem sequer se dar conta disso, agarrou-a com mais força. 

Deve ter sido mais ou menos nesta altura que eu entrei em piloto automático, porque eu juro que não faço ideia de que raio estava ele a falar ou sequer se eu lhe cheguei a responder - sentia-me tão bem e tão mal, tinha tanta vontade de o largar e de o apertar com mais força, que acabei por tirar a mão de baixo da dele, meio à bruta. 

Há coisas com que eu lido mal e coisas com que eu lido muito mal. Sentimentos é uma delas.

short horror story

Explicação de matemática com 4 horas de sono e uma falta de paciência do tamanho do mundo.

outra vez

Não consegui compreender porquê, mas estavam dois homens, um velho e o outro giro que dói, no comboio aos berros, a conversar em inglês como se fossem os dois surdos. Não querendo parecer paranóica e desequilibrada mas, confesso, a dada altura convenci-me de que se tratavam de dois terroristas que a qualquer momento nos iam esfaquear. E então quando percebi que eram russos, vi a minha vida a andar para trás.

Entretanto, acabei por não saber se eram ou não dois terroristas, ou traficantes de orgãos, ou violadores. Adormeci de boca aberta e quando acordei já se tinham ido. Foi triste. 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

juro

Sinto que preciso de dormir durante uma semana seguida antes de começar a estudar a sério para os exames - não me lembro da última vez que me senti tão cansada. Credo.

é estranho

Sempre tive o vício de guardar objetos que me liguem a momentos - bilhetes de comboio porque estive com alguém importante para mim na viagem, bilhetes de cinema, bilhetes de teatro, bilhetes de concertos. Riam-se, mas até o shampõ do hotel onde fiquei na disneyland eu guardei, mas em minha defesa tenho a alegar que o frasco tem o mickey e é giro que só ele.

Dentro dessa caixa, tenho ainda três post-its; um tem uma morada, outro tem um número de telemóvel e o outro tem um email. Pertencem a pessoas diferentes e foram lá parar em alturas diferentes - a única semelhança é que todas elas fazem parte do passado; talvez nunca chegue a fazer nada com eles, mas não me vou desfazer de nenhum. Acredito que um dia vou querer usar algum deles. 

Aposto no número de telemóvel.

não ia dizer nada mas explodi

Então a mocinha passava a vida a falar-me mal dele, a dizer que ele era isto e aquilo e a dar a entender que nem o podia ver à frente, mas vai-se a ver e não o larga. Basta ela poder meter-lhe as unhas em cima.

Depois a patrícia chateia-se, claro que chateia. Então mas andamos aqui a brincar, é? Ou bem que se gosta ou não se gosta - mas dizer uma coisa e fazer outra é que não. 

cinderella, the fashion adviser

Não estou a pedir-vos que misturem mil e uma cores porque também não vale a pena transformar o dia a dia numa gay parade mas não é preciso vestirem-se dos pés à cabeça de uma só cor tipo a mulher lá da escowinha que uns dias parece mascarada de banana, outros de beringela, outros de couve, and so on.

A não ser que sejam daltónicos, não compreendo a necessidade.

achei fofinho

É como ter-te sem te ter, ou ver-te sem te ver
É como ter-te outra vez, sem mas, sem porquês, porque eu,
Eu adoro-te de morte, tu sabes

quarta-feira, 21 de maio de 2014

talvez nem seja isso

Apesar de ter ficado vidrada no looking for alaska, acho que nunca consegui compreender bem a questão central - não percebia o que era o great perhaps. Agora acho que entendi.

Passei meses, anos até, a duvidar de tudo, a questionar tudo, a tentar arranjar significados que me enchessem as medidas e me dessem sossego - nunca fui das pessoas que se conseguem deitar à noite sem preocupações quando sinto que algo está por resolver. Sou paranóica e um  bocado chata, mas gosto das coisas no seu devido lugar. Entretanto, percebi que esta busca obsessiva pela verdade era só uma obsessão que nunca me levaria a verdade nenhuma - estava encalhada.

Penso ter compreendido, finalmente, que nem quero assim tanto que isto seja desvendado. As perguntas têm movido a minha vida muito mais do que as respostas algum dia o fariam - creio até que tenham efeitos completamente opostos. Enquanto todas as minhas dúvidas agitam as águas, as respostas acabariam por as acalmar definitivamente e obrigar-me a arranjar outra ocupação - não sei viver sem dramas. Desculpem, mas é verdade; acho que nem sei ser feliz sem uma boa dose de infelicidade e confusão à mistura. Preciso de coisas que me ocupem os dias.

Foi aqui que entendi que tinha descoberto o meu great perhaps. Sei que tudo podia ter sido diferente e que, de certa forma, a escolha foi minha - mas estou feliz com a minha escolha. Talvez pudesse ter corrido melhor, talvez eu até pudesse ter sido mais feliz no meio disto tudo, mas não deu certo e não vale a pena lamentá-lo mais; acredito até que, um dia, acabe por descobrir tudo o que sempre quis saber, quando menos esperar, quando menos sentido fizer. É sempre assim, não adianta forçar. De qualquer forma, já parti para outra e, muito sinceramente, há muito tempo que não me sentia tão bem, tão livre. E um bocadinho feliz.

Procurar o sentido de tudo é uma perda de tempo, é certo. Talvez seja verdade o que dizia o caeiro, o heterónimo de que eu nunca fui capaz de gostar, quando escreveu que o único sentido oculto das coisas é elas não terem sentido oculto nenhum. Talvez eu sempre tenha sabido mas não tenha querido ver. Talvez, mas é um talvez que importa cada vez menos.

lógica é isto

No bar da minha escola só se vendem chocolates quando já não resta uma única migalha de pão ou de bolos e, mesmo assim, só há kinder barritas e um outro chocolate minúsculo da nestlé. Não se vendem magnuns nem cornetos, porque têm demasiado chocolate. Bolos com chocolate também não aparecem todos os dias. Tudo bem, é mais ou menos compreensível numa época em que se fala cada vez mais de obesidade e tudo mais.

Na segunda feira, havia uma máquina cheia de chocolates de várias marcas, tabeletes inteiras, bolachas e barritas de cereais, e ainda sumos maiores do que os que se vendem no bar. À tarde, a máquina começou a funcionar.

Hoje é quarta feira. Já só restava a água.

o autor que me deixou à beira da depressão já por duas vezes


Demasiado bom para não roubar ao 9gag.

terça-feira, 20 de maio de 2014

patrícia, porque é que não tens amigos?

Sou um desastre em matéria de socialização - às vezes lá penso em ser simpática e tal, ensaio um elogio, penso em mil e uma maneiras de o fazer sem dar a entender que perdi mais do que dois milissegundos a fazê-lo, mas depois fico com vergonha e sou ainda mais mordaz do que o que já é hábito, naquela de disfarçar. E isto, alforrecas, acontece todos os dias. Todos. Acho que é por isto que as pessoas não gostam de mim.

poison

Se eu algum dia cometer a atrocidade de cuspir um monstrinho de berço pelas partes baixas, espero que o meu descontrolo hormonal não me roube a lucidez necessária para que que eu compreenda que não sou a única mãe do mundo e não me meta a encher tudo quanto seja rede social com fotos da cria. Menos ainda se as fotos vierem com as atualizações quase diárias das coisas que o puto aprendeu a fazer - a sério, ninguém está minimamente interessado em estados tipo hoje, dia vinte do cinco de dois mil e catorze, pelas quinze horas, onze minutos e trinta e nove segundos, real monstrengo deglutiu a sua primeira bolacha maria.

Não façam isto. Por favor.

reparei

Já é do conhecimento geral que o meu lado feminino se perdeu pelo caminho e aqui a lontra é um macho latino. Os meus dotes maquilhagísticos não vão muito além da base e o eyeliner o que, a meu ver, é mais do que suficiente porque eu sou pobre e se é para ficar feia na mesma nem vale a pena gastar muito dinheiro. 

Como tal, assumo que não sou muito entendida no assunto, que não sou mas, ainda assim, gostava de deixar um conselho básico que me parece ser bastante útil: não usem sombras com cores fortes se não se souberem maquilhar. A sério. Não me espetem com pó azul desde o olho até quase meio da testa e, pelo amor de deus, não rematem com um batom vermelho. Parecerem a belle dominique pode parecer bonito, mas não é - e o carnaval já passou.

peculiarmente

Por razões que não interessam revelar agora, a senhora dona minha avó ligou-me a pedir que lhe ditasse o meu número. Pronto, uma pessoa sabe que era só ir à lista, mas compreende que ela vê mal e sabe que é melhor assim do que ela dar o número da maya como se fosse o meu e depois era fodido.

Foi a pior decisão de sempre. Além de ter precisado de semi-gritar o dito, ainda devo tê-lo repetido umas oito vezes porque ela se trocava toda. E havia gente à minha volta. 
Neste momento, toda a gente deve ter o meu número, menos a minha avó.
pronto, não havia assim tanta gente, mas já eram demais.

just don't

Já devo ter dito isto um trilião de vezes, mas acho que nunca é demais reforçar a ideia - sou incapaz de entender as pessoas que não lavam os dentes. Especialmente quando têm aparelho. 

Lembrei-me, durante uma brainstorm um pouco infeliz, de que há uns três anos eu me dava super bem com uma miúda que tinha aparelho e que parecia ter decidido armazenar o lanche nos dentes, tendo em conta que estes pareciam sempre revestidos por uma pasta espessa de comida. Era nojento mas eu tentava compreender porque, pronto, eu também sei que é um bocado mais difícil de lavar os dentes com meio quilo de arames na boca.

Um dia, ao comer uma nata, eu reparei que ela tinha ficado com uma migalha presa ao dente e passei por aquele dilema que ainda hoje me assola - digo, não digo?. Acabei por não dizer, por vergonha.
No dia seguinte, a migalha ainda lá estava. E era enorme.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

nem para isto

Não sei o que se passa comigo - sempre vivi muito bem com o facto de dormir pouco e nunca fui o tipo de criatura que passa o dia a implorar pela cama, mas nos últimos tempos tenho andado estupidamente cansada. A minha vontade para estudar é ainda menos do que em tempos normais, e sinto-me capaz de passar horas a olhar para o teto; não me apetece mexer. Acho que nem respirar me apetece.

E depois perguntam mas então porque é que não dormes? Porque não consigo. Ora passo metade da noite acordada, ora tenho mil e um sonhos absurdos e acordo como se me tivesse passado um camião tir por cima. Estamos bem, estamos.

não entendo


Como  é que ela caga?

someone i know

Passa a vida a tentar ser aceite, mas ninguém gosta por aí além dele - esforça-se, esforça-se demasiado, faz coisas ridículas e ainda acha que é muito ele. É um bocado esquisito de se explicar; nota-se que tem um carácter forte, mas deixa-se domar assim que percebe que assim se destaca tanto dos outros que não se consegue relacionar com eles. E os outros são o tipo de gente que não interessa a ninguém - ele não. Ele ambiciona ser igual a eles porque ainda não descobriu o quão melhor é. O quão melhor pode ser. Rebaixa-se a torto e a direito, anula-se, inventa paixões que não sente, tenta arranjar o tipo de miúda que os amigos invejariam, mas a única coisa que ela lhe faz é cansar a direita; talvez até ele compreenda que, no fundo, só se está a obrigar a sentir. E não resulta, felizmente. Ainda espero que ele um dia acorde, ainda espero que ele um dia cresça, ainda espero que ele aprenda a usar a personalidade que tem, porque estou certa de que ele se pode transformar numa dessas pessoas incríveis que todos quereriam ter por perto - basta querer. Acima de tudo, desejo-lhe o melhor.

depois chateio-me

Mas porque é as pessoas insistem em fazer de conta que tudo quanto é relação de duas semanas já é amor eterno? Mas porque é que insistem em chorar porque perderam o amor da vida delas aos 14 anos? Para quê pensar tão longe?

Um dia de cada vez. Se calhar ser para sempre, ótimo. Se calhar acabar, ótimo na mesma - só parece o fim do mundo durante os três primeiros dias e depois percebe-se que o mundo acabou de recomeçar.

domingo, 18 de maio de 2014

não querendo ser venenosa

Ontem assisti a mais um grande momento de televisão nacional - estava sô dona lontra a jantar quando começa, penso que na sic, aquele programa que junta a júlia pinheiro ao joão baião e que parece um concurso de sirenes.

Como convidada, tinham aquela moça que acha que áfrica fica na américa - ao fim de poucos minutos, dei por mim a rezar para que a rapariguinha tivesse um atraso mental ou então fosse uma grande atriz. Prefiro acreditar que não existem no mundo pessoas realmente assim.

Entretanto, escolheram um elemento do público que ganharia um prémio - no máximo três - por cada pergunta que a mocinha acertasse, em oito. Mas por cada uma que ela falhasse... cortavam-lhe o cabelo.

A primeira pergunta era em que continente se situava a nova zelândia e a austrália. Ela ficou com cara de parva e o joão baião começou a dizer OOOO...
Há uma pausa e logo a seguir ela grita, muito cheia de si, OCIDENTE!

E depois perguntam mas ó patrícia, afinal porque é que tu nunca vês televisão? É por isto. 

oh lord

Não sei se é o mundo que é pequeno ou se são as pessoas que são poucas - mas, foda-se, encontrar uma foto que junta dois leitores/antigos leitores, idek, do meu blog a um terceiro que já foi bastante importante para mim e que, só por acaso, também conhecia o blog, é caso para uma pessoa quase ter um ataque cardíaco.

Nem sabia que eles se conheciam. Credo.

patrícia against the world

O que eu tenho notado é que toda a gente por aqui diz que ou a) tem sardas e adora ou b) não tem sardas mas adorava ter. Nunca ouvi ninguém dizer que não gosta, nunca ouvi falarem mal - e eu sinto-me sozinha. A sério que eu sou a única criatura a ter sardas e a detestar?

sad but true

Há uns tempos, comprei uns óculos de sol, giros que só eles, para não roubar os de dona mommy de cada vez que saía de carro - achei que, mediante as possibilidades, até nem me ficavam mal.

Agora, de cada vez que os uso, sinto mais que só me ficam mesmo bem na cabeça, a servir de bandolete, porque na fronha fazem-me parecer uma versão ranhosa do michael jackson. Bem, ao menos pode ser que afaste os putos.

sábado, 17 de maio de 2014

sério

Se há coisa que me faz confusão é a forma como algumas pessoas parecem ter parado no tempo - eu hoje não reconheço sequer a pessoa que era há dois anos atrás, mas continuo a ver pessoas que conheço desde os meus 12, 13 anos muito iguais a si próprias que não parecem ter mudado nada. Continuam as fotos a empinar o cu, as outras a exibir as mamas, e mais umas quantas, claramente selfies, de cabecinha inclinada com ar de puta tímida, tal qual me lembro de as ter visto no hi5.

E continuam as frases feitas para demonstrar que são superiores. Isto só mostra que tudo o que é bom, acaba... mas a merda permanece.

ser eu também é isto

Desatei a chorar e não sei porquê. A sério - não sei mesmo porquê.

só isso

Passo a vida a dizer que não gosto de crianças, mas acho que é mentira - é dos pais delas que eu não gosto. Não é bem como se eu fosse mãe e pudesse falar a partir do tipo de educação que dou às minhas crias, mas acho que os putos hoje em dia são cada vez mais mal criados e os paizinhos continuam a fazer festinhas na cabeça, ele é porque o pobrezinho é hiperativo, ele é porque é pequeno e ainda não compreende as coisas.

Se eu algum dia tivesse montado um circo destes em público, a esta hora estava num colégio de freiras. A vida não está fácil para ninguém e os putos têm mais é que entender que não se pode ter tudo o que se quer - e uma coisa era ele ter ficado triste, outra era estar armado em sirene.

mas obrigada na mesma

Não importa quanta vezes eu diga que tenho o meu quê de cabra e me estou a cagar para quase tudo - continua a haver gente que acha que eu me interesso pelos pormenores da vida sexual delas. Ok, não. A sério... não.

bear days are over

Depois da explosão de cera cá em casa, achei que era mesmo melhor deixar de me armar em parva e voltar à esteticista antes que acabasse sem pele - ok, tudo certo. Agora quero ver é como é que explico que espécie de desastres aconteceram nos meus presuntos para que exista uma ilha sem um único pêlo em cada um deles. Muito bem, ten points to gryffindor.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

como é que isto acontece?

Hoje foi um dia francamente importante na minha existência - descobri que a minha anormalidade tem par neste mundo.

Ora, estava sô dona lontra a desfilar o fat ass pelas ruas, quando passa pela casa de uma velha, chata e cusca que só ela, que estava a regar o jardim. Dona lontra tem a mania que é cabra, mas desfaz-se em simpatias; diz boa tarde. A mulher não ouve. Grita um boa tarde. A mulher vira-se e responde.

De seguida, faz o gesto de quem leva um copo à boca, enquanto vai perguntando baixinho vens do café?. Eu disse que não, mas com um ar tão confuso que ela decidiu repetir a pergunta: vens do café?. Voltei a dizer que não, que tinha tido aulas. A mulher aproximou-se e quando, finalmente, eu já conseguia sentir o agradável aroma de quem desconhece a existência da água e do sabão, exclama:

- ahh, estava a confundir-te com a surda-muda!


the final countdown

Nunca gostei particularmente de dormir, mas ando tão cansada que não me apetece fazer muito mais do que respirar e, na maior parte do tempo, pareço um zombie desamparado com fome de cinco em cinco minutos.

Isto a cerca de um mês e meio dos exames não é um bom presságio - por este andar, daqui a umas semanas vão ser precisas duas salas só para eu conseguir sentar o cu a fazer o exame. E depois ainda adormeço a meio. Boa, boa!

tem acontecido mais do que o suposto

Levantei-me para ir atender o telemóvel e, quando voltei, estava um grupo enorme de gajas, todas elas mais novinhas do que eu, à volta de uma amiga minha. Quando dei por isso, estavam todas a olhar para mim e uma delas perguntou à tal amiga:

- a tixa tem, não tem?

Real miguxa partiu-se a rir e disse que não. Só depois é que me explicou o que se passava; ao que parece, precisavam de alguém com voz grossa para ligar à mãe de uma delas. Senti-me vítima de bullying.

bad luck john

Mais tarde ou mais cedo, eu descubro tudo; contaram-me hoje, por mero acaso, a maior tampa da vida do bom do stalker. Parecia natal! E isto porque eu não me lembro de algum dia me ter vingado de alguém, mas acredito no karma -  e isto foi tão, mas tão bem feito, que sinto que a justiça foi feita.

Agora sim, podemos dar o caso como encerrado.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

o dia a seguir à derrota

Os comentários dividem-se: há os benfiquistas que fazem questão de fazer comentários moralistas para informarem o mundo de que não são só benfiquistas na vitória. Depois há aquela maioria que ainda há umas semanas era benfiquista desde pequenino, que agora estão caladinhos que nem ratos. Tudo bem.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

tenho visto muito disso

De um lado fico eu, a eterna paranóica que se sente sempre a mais e prefere ficar sozinha a ir ter com alguém, só por medo de estar a incomodar. Do outro lado, ficam as criaturas que acham que há sempre um espacinho para elas, pouco importando se se infiltram a meio de uma conversa importante ou se estão a interromper um casalinho - não, há sempre aquele amigo chato que está disposto a ficar sentadinho na paz do senhor, nem que tenha um casal ao lado a praticar o coito. 

Uma pessoa chateia-se um bocado com estas coisas.

patrícia, porque é que és obesa?

Ultimamente tenho oscilado entre a fase em que não me apetece comer absolutamente nada, em que me contento com um pacote de bolachas de água e sal ao almoço e mal janto, e a fase em que passo metade do tempo a comer e a outra metade com fome.

Posto isto, vou fazer o vigésimo nono lanchinho da tarde. 

entre parêntesis

Lembro-me de ter dito que não seria capaz de perdoar, mas fui. Perdoei-o sem me aperceber disso; a vontade de o ter de volta na minha vida era muito maior do que a birra que fiz. Ok, não foi bem birra - juro que tinha um bocadinho de razão -, mas deixou de doer e agora parece fazer parte de outra vida. Está tudo bem - e ainda estou capaz de jurar que não podia ter-me apaixonado por ninguém melhor. 

só isto





Cause if you're not really there, then i don't want to be either, 
i want be next to you.

terça-feira, 13 de maio de 2014

tenho visto disto

Nunca acreditei no amor da mesma forma como todos o parecem conceber. Acredito sim que o amor é para sempre enquanto dura, porque nem faria sentido ser de outra maneira, mas o para sempre pode ser só até à semana que vem. Ou, da maneira como as relações de agora são, até amanhã de manhã.

Não me peçam que compreenda como é que pessoas da minha idade, ou até mais novas, já têm planos para o casamento, para o nome dos filhos, e só não dão nome aos netos e ao cão da família porque deus não quer. Aliás, eu não entendo sequer como é que alguém pode achar que ama alguém que conheceu na semana passada. Mas isto sou eu, que sou old school e ainda acho bonitos esses romances que começam devagarinho. Manias.

Mas, mais do que tudo, não me peçam para entender as coisas a que as pessoas se sujeita, o quanto se deixam levar, as coisas que começam a aceitar. Se querem que vos diga, às vezes até agradeço pelo feitio de merda que tenho, porque sei que não deixaria alguém levantar-me a voz duas vezes, quanto mais dar-me dois pares de estalos. E também não o perdoaria, porque é amor. Não manteria uma relação à base de discussões porque o sofrimento faz parte do amor. Assim como não permitiria que levantassem boatos, porque tinham ciúmes e porque ciúmes também são amor. Isso é tudo muito bonito nos filmes, mas na vida real as coisas não funcionam bem assim - há que saber quando parar. 

É preciso aceitar que às vezes a única hipótese é desistir - como, por exemplo, quando se apercebem de que estão a viver em função de alguém, que fazem tudo o que a outra pessoa quer, que deixaram de ter vontade própria. Por favor, não se deixem domar, não se acomodem com essa espécie de felicidade infeliz dos que se perderam pelo caminho. Se estão mal, mudem-se. Só isso.

oh diabos!

Eu nunca me considerei propriamente romântica e toda conas e assim, mas é verdade que hoje me estou a sentir demasiado old school - então não é que agora acham normal ter um namorado que vive quase no outro lado do mundo, só se conhece por fotos e já diz que é amor eterno?

Foda-se, pá! Que mania a minha de complicar.
Se for mesmo assim, com um bocadito de photoshop pode ser que até arranje alguém - um gajo todo gatito que, vai-se a ver, e é só um velho barrigudo que tem o penico debaixo da cama. Enfim. Acho que tenho de me deixar de tradições.

bad bitch mood

Ainda não compreendi porquê, mas hoje estou em dia-não, tudo me enerva, não tenho paciência para nada e comecei a disparar em todas as direções na última aula - sentia-me capaz de arrancar os pulmões dos meus coweguinhas à dentada, de tão fodida da vida que eu estava com aquela gente.

Para arruinar a imagem de cabra indomável capaz de virar meio mundo do avesso, adormeci no autocarro. De boca aberta. Palmas, patrícia.

ser eu é mais ou menos isto

Sou a coisa mais cética e mais pessimista que vocês podem imaginar - sério, eu nunca acredito em nada de bom à primeira, sem que passem horas a explicar-me exatamente o porquê de ser suposto eu acreditar. E isto funciona com praticamente tudo na minha vida.

Ora, acontece que eu andava há semanas a deprimir com uma coisa que a patrícia me estava sempre a dizer. E nós estávamos sempre a falar sobre isso, e ela sempre a dizer o mesmo, e eu a ficar com cada vez mais vontade de cortar a carótida. Até que a semana passada, falei com outra amiga, contei-lhe a história, e a resposta da bicha ia contra tudo aquilo que eu acreditava que a patrícia me andava a dizer há séculos - e jogava a meu favor, mudava tudo e tornava a história muito mais feliz para o meu lado.

Quando contei à patrícia, ela quase me matou. Consegui a proeza de perceber tudo ao contrário e virar tudo contra mim durante semanas. E eu teria sido tão mais feliz se tivesse entendido tudo desde o início que agora só me apetece esbofetear-me. Ok, não. Mais vale tarde do que nunca e, verdade seja dita, há séculos que não me sentia assim.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

revoltada

Como é que é suposto eu não me revoltar ao ver isto? Cinco anos de música na escola e só me ensinaram a tocar o titanic* e o hino da alegria. Ora porra!

*vá, a versão em flauta da my heart will go on

a deprimir

Gostava de não ser uma gorda ressabiada mas a verdade é que não consigo deixar de sentir aquele fio de raivinha dos dentes de cada vez que vejo fotos de gente trajada, e oh que estamos todos tão felizes. Podiam compreender que há gente burra que, como eu, sente que quando puder finalmente vestir o traje, já terá de andar de andarilho e penico atrás, além de que me vou parecer muito mais com o quasimodo do que com qualquer personagem do harry potter, as i've been dreaming about.

Por isso: faleçam. E faleçam outra vez. E mais uma vez. Mas pronto, a lontra  furiosa deseja-vos as maiores felicidades. E que para o ano eu seja uma de vocês!

e estou chateada

Uma vez que, pelo menos por agora, vou ter de abandonar a zumba até perceber o que se passa com as minhas costas e deixar de parecer uma velha de e cada vez que tenho de fazer mais do que andar para a frente, tentaram convencer-me a voltar ao tai-chi. 

Ok, percebo a intenção e agradeço muito que estejam a tentar ter-me de volta, e sim, tai-chi podia ser uma excelente ideia tendo em conta que eu estou mais raquítica do que uma sexagenária com trezentos quilos, mas acontece que eu já experimentei tai-chi. Duas vezes. 

breathe in breathe out

Falta mais de um mês mas eu já não consigo parar de pensar no exame de matemática. Geez. I'm freaking out. É desta que eu enlouqueço de vez.

metaforicamente

Passo metade do tempo a tentar abrir os olhos aos outros e a outra metade a tentar fechar os meus. É errado, mas é inevitável - todos queremos ser felizes, mesmo quando sabemos que é mentira.

domingo, 11 de maio de 2014

só isso

A única coisa que eu tenho a dizer sobre o conchita wurst é que é demasiado deprimente saber da existência de um travesti mil vezes mais bonito do que eu e que, ainda por cima, canta bem.

não vou explicar

É no mínimo irónico que, no meio de tanta puta, a cabra da história seja eu. Tive de me rir com isto e com a inversão de papéis a que ainda não me consegui habituar. Como li por aí num livro: a vida é um dilema singelo, ou se é bigorna ou se é martelo. Talvez tenha chegado a hora de ser martelo.

nunca vos contei

Qualquer pessoa que me conheça há mais do que cinco minutos será capaz de dizer que a minha relação com as crianças, a não ser que se tratem dos meus monstrinhos, os meus ricos monstrinhos, não vai muito além do rolar de olhos e o desespero por me afastar o mais rápido possível. Contudo, um dos meus blogs preferidos, que eu sigo de perto praticamente desde que me tornei blogger, fala essencialmente dos quatro filhos da autora, a escritora sara rodrigues. 

Acho que nunca cheguei a comentar porque não teria muito para dizer - os posts ora me fazem rir, ora me deixam a pensar que, se algum dia eu tiver um filho, quero que seja assim. Além de que eles são todos giros que se fartam. E pronto, isto tudo para vos apresentar o coisas de pais, porque acho mesmo que vale a pena conhecer. É só.

the not-so-sweet side of cinderella

Estávamos a ver fotos do membro mais novo da parte francesa da real famelga, tiradas horas depois do nascimento do monstrinho de berço, quando a minha avó e dona mommy começaram a dizer que ele era a cara da mãe, e que também era parecido com o avó e não sei quê. Eu só conseguia ver uma massa encarquilhada que só se parecia com as outras massas encarquilhadas acabadas de nascer. Agora sim, o puto está giro - mas não me fodam; nasceu com cara de joelho como todos os outros, e não é por ser meu primo que eu sou cega.

A minha mãe acha-me insensível e diz que, se algum dia cometer a loucura de ter um filho, o entrego para adoção 30 segundos após o nascimento - eu acho que não. Posso é deixá-lo na maternidade mais uns tempos e só o ir buscar quando ele estiver lavadinho e passado a ferro. Ou então, não. Se calhar, mas só se calhar, até ia ser a minha cara de joelho preferida.

sábado, 10 de maio de 2014

antes dos 30

Passar uma noite no great horror campout.

sobre as desgraças

Não fiz cupcakes porque me lembrei da outra receita de bolo de chocolate que também já tinha corrido mal uma vez e, teimosa que só eu, apeteceu-me tentar de novo, mesmo depois de ter rogado mil pragas ao microondas e outras mil a quem consegue que saia alguma coisa de jeito de lá.

O bolo, ou vá, a bolacha XXL, saiu com tão mau aspeto e com tantos furos por causa de o espetar para ver se estava cru que decidi não fazer um registo fotográfico e fazer de conta que não aconteceu - sério, mau aspeto por mau aspeto já cá ando eu e basta.

Não está tão mau quanto da outra vez. É possível comê-lo sem partir um ou dois dentes e, na falta de pastilhas elásticas, parece-me que também se consegue mascá-lo durante horas seguidas. Trocado por miúdos: sou um desastre. Ok, eu não - a receita. Juro que a culpa não é minha. É do microondas. E dos astros. Talvez da má vontade do bolo aka bolacha aka pastilha elástica, mas sei que a culpa não é minha e eu ainda hei de conseguir fazer alguma coisa no microondas que não pareça perfeito para atirar à cabeça de alguém.

patrícia e o microondas

Hoje é um daqueles dias em que acordei com toda a vontade do mundo para cozinhar, e nenhuma para comer - o que até é bom, tendo em conta que raramente as minhas produções culinárias são comestíveis. Ok, não. 

Eu juro que até tenho jeito, mas meti na cabeça que queria experimentar os cupcakes outra vez. Tenham medo.

j'ai sommeil

É estranho perceber que, apesar de não permitir que alguém me diga o que fazer ou o que pensar, morro de medo de acreditar em alguma coisa boa sozinha - não sei ser esse talvez quando todos dizem que não. Preciso que me sustentem a esperança, que me digam que há de facto algo melhor do que aquilo que eu quero ver e que vale a pena acreditar nisso. Preciso de não ser a única a ver a luz ao fundo do túnel para ter a certeza de que não é um delírio.

Desta vez, acredito sozinha e por isso não digo a ninguém - não saberia explicar o porquê disto, logo eu, sempre tão obcecada com o sentido das coisas que não fazem sentido nenhum. Talvez seja a falta de sentido que me faça acreditar que sei o que não sei. Não sei. Acho que sempre soube mas tive medo de o ver, ou medo de estar a ver mal, e então fiz-me de desentendida - mas hoje descobri que acertei em parte e não podia estar mais feliz por isso.  Talvez sim, talvez não. Mas acho que sim. Desta vez, acho que sim.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

serviu para uma amiga, serve para vocês

Não se refugiem no "eu não consigo". 
Façam o que quiserem, mas não façam de conta que é por não conseguirem fazer outra coisa qualquer. Percebem o que quero dizer? Temos tendência para fingirmos que não aguentamos porque, na realidade, não queremos aguentar. Queremos escolher outro caminho, fazer outra coisa - e, se for isso que querem, façam-no, mas assumam-no. Não se refugiem na ideia de que são fracos, porque não são. Só não querem ser fortes.

mas a sério

Nunca consegui perceber como é que isto acontece mas, apesar de eu ser a amiga forever alone que o mais perto que tem de uma relação estável é a oportunidade de afagar o gato de vez em quando e, mesmo assim, o filho da puta foge, sou sempre aquela amiga que fica horas - hooooooooooras! - a dar conselhos como se percebesse muito do assunto.

Modéstia à parte, eu acho que até tenho jeito para a coisa - tal como na química, domino a teoria mas sou horrível na prática. Metam-me um gajo à frente e eu não vou saber nem como olhar para ele sem aparentar ter um atraso mental ou, agora mais frequentemente, sem aparentar ser portadora de uma qualquer perturbação grave do foro psiquiátrico que, eventualmente, me levará a esfaqueá-lo se o apanhar a olhar para mim - mas sei o que fazer em teoria e sou boa a transmiti-la. Não digo que tenho alma de tia solteirona com 20 gatos? Está-me no sangue.

brincamos ou brinquemos?

Gostava de me poder orgulhar de ser equilibrada e tudo mais, mas não sou - conviver comigo é caminhar em terreno minado porque eu sou do mais instável e imprevisível que possam imaginar. Isto para dizer que, se ao início eu fiquei chateada pelo modo vou-mandar-a-indireta-a-ver-se-reages, agora apetece-me jogar também e apostar que ganho.
Let the game begin.

já disse que sou desajeitada?

Apesar do meu carácter inegável de último macho latino, lamentando que ninguém implante uma nova moda que faça parecer sensuais as pernas peludas de qualquer gaja, de vez em quando também visto o meu fato de exploradora e parto para a desflorestação em busca de pequenas porções de pele no meio do matagal cerrado que são os meus membros inferiores.

Ora, acontece que me deu na cabeça que queria comprar uma daquelas máquinas para aquecer a cera em casa, e a prima emprestou-me a dela para experimentar. Quase correu bem - mas além de agora ter uma pequena ilha no meio de um mar de pêlo, também fiquei com cera nas pernas, nos dedos, no chão do quarto, no edredon, na máquina... ok, é mesmo melhor ir à esteticista.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

nem digam a ninguém que sou de coimbra

Eu sei que não tem nada a ver, mas quando vejo alguém trajado só consigo pensar que estão a usar mantos e que afinal as universidades deste país são escolas de feitiçaria como hogwarts e que somos todos muggles até lá entrarmos. Pronto, falei.

não diria melhor!

O que é isto que eu vejo? O que é isto que eu sinto? Deve haver uma ligação entre o que eu vejo e o que eu sinto. Mas o que eu vejo deixa-me tão perplexa e intrigada, porque não sei ao certo o que vejo. Verei exatamente o que estou a ver? Porque se assim é, então não posso olhar mais. Não estou segura do que devo sentir. Será que devia sentir alguma coisa? Talvez seja esta a melhor maneira de perguntar isto.

Luísa Costa Gomes,
olhos verdes

quarta-feira, 7 de maio de 2014

patrícia, quão senil és tu?

Ontem, mal o autocarro parou, peguei na minha mala, levantei-me e fui para a porta, pronta para sair...
...
...
...
...

Três paragens antes da minha.

Será que se nota que ando meio desorientada?

hoje

Achei particularmente adorável que o estagiário que me foi palpar a barriga tenha ficado com vergonha de me pedir que desapertasse as calças. Está bem que não é coisa bonita de se ver, mas não precisa de reagir como se eu fosse leprosa.

sobre a ausência

Aqui a flor de estufa já está doente outra vez - as dores de costas tornaram-se insuportáveis e agora nem comer consigo. 

Tudo o que eu comi até agora foram quatro bolachas maria, umas cinco bolachas de água e sal e um iogurte, mas só me apetece vomitar - o que seria ótimo se eu estivesse a tentar um treino intensivo para me tornar anorética ou bulímica, mas acontece que eu prefiro ser uma gorda feliz do que um zombie amarelado como estou hoje.

Geez. Ainda gostava de perceber como é que alguém pode experimentar voluntariamente sentir-se tão enjoada quanto eu estou hoje durante nove meses. Valha-vos deus.

terça-feira, 6 de maio de 2014

not again!

Assim que entrei em casa, a porcaria do telefone já estava a tocar - atendi. Olhe, era para realizar um rastreio da saúde, mas já percebi que estou a falar com alguém mesmo muito jovem... o pai e a mãe não estão?

O único lado bom de ter voz de pita é que, como nunca ninguém vai acreditar que eu já sou maior de idade, não vou apanhar aquelas secas descomunais para me tentarem vender um colchão, oito panelas e um serviço de copos de cristal. Hei de ter quarenta  anos e continuam a perguntar-me se o papá e a mamã estão em casa. Geez.

juro,

Passo a vida a gozar comigo mesma e a dizer que estou a pensar deixar de fazer a barba, mas a verdade é que eu sou a coisa mais paranóica possível com tudo o que envolva pêlos. Trocando isto por miúdos, quero dizer que eu sou o tipo de criatura que, quando sente que alguém está demasiado perto a olhar-me fixamente, fico convencidíssima de que a pessoa se está a perguntar se a minha mudança de sexo já é oficial ou se só ainda comecei a tomar hormonas para virar um machão peludo. Sério. Gaja sofre.

the not-so-fashion side of cinderella, part II

Outra excelente razão para eu não poder vir a ser uma fashion blogger é talvez o facto de eu ser a coisa menos in de toda a história da humanidade - sério, até d. sebastião, com aquelas golas todas apaneleiradas, andava mais bem vestido do que eu. Por exemplo, o meu casaco preferido é mais velho que o cagar, e roubei-o à minha mãe. Já para não falar de que custou 3€ naquilo a que as meninas do bem gostam de chamar comércio local, mas que no fundo todos sabemos chamar-se feira. Feira dessas mesmo, com ciganos e velhos esquisitos a vender o borda d'água.

E é às riscas.

the not-so-fashion side of cinderella

De cada vez que me pergunto o porquê de ser impensável eu vir a tornar-me numa fashion blogger, a resposta ocorre-me assim, em forma de espelho, como que por inspiração divina - eu estou-me a cagar para a moda. Desculpem, mas eu sou mesmo o tanque de guerra que continua a enfiar-se num biquíni e ir apavorar almas inocentes  para a praia, que temem ser sugadas a cada movimento das minhas bochechas do cu aka nádegas. Já vos convenci com a imagem do horror?

A verdade é que eu me estou a cagar para quase tudo, e não sou o tipo de pessoa do vou usar preto para parecer mais magra e não uso riscas para não parecer tão larga, porque, ponto um, eu não sou magra e ponto dois, se eu pareço um porta aviões, não vou andar aí disfarçada de coisa boa, ou ainda alguém me acusa de publicidade enganosa. E são mais ou menos estas as razões - baseadas no eu quero, posso e mando - que eu dou a mim mesma, e à mommy cá de casa, para justificar o facto de a maior parte das minhas camisolas serem largueironas e cheias de riscas.

Percebam - a roupa não me faz parecer gorda. Eu sou mesmo gorda; pelo menos, deixai-me ser uma gorda feliz!

ter mais olhos do que barriga é

Saber que mal tenho tempo sequer para dedicar ao survivor do chuck palahniuk, mas ainda passar pela biblioteca e  trazer o olhos verdes, da luísa costa gomes, e o bom inverno do joão tordo. E depois eu ainda queria uma vida social. Pois sim, patrícia, claroooo.

indecentemente inocente, à la murder

Se querem alguma coisa, peçam. Se precisam de dizer alguma coisa, digam. Se sentem necessidade de fazer alguma coisa, façam. 

Não fiquem à espera que os outros leiam nas entrelinhas, que deduzam o que vocês querem fazer a partir do que vocês fazem e que cheguem a conclusões que vocês teimam em negar-lhes - sinceramente, isso é uma perda de tempo. Uma perda de tudo, porque ninguém ganha nada nesses compassos de espera que só servem para deixar em suspenso algo que podia estar mais do que resolvido. E, se calhar, nem o chega a ficar, porque assim como há conas como vocês, há gente inocente como eu que nem com mil setas a apontar para o mesmo lado consegue perceber qual é o caminho.

Isto foi o melhor que consegui arranjar para dizer o que quero antes de bater com a cabeça no teclado ou lhe vomitar em cima - a única coisa que eu quero que percebam, é que fazer rodeios como eu estou a fazer neste post, é uma merda e não adianta. Sejam diretos, foda-se! Dar mil voltas para chegar a um sítio onde se podia  ter chegado com três passadas, é coisa de gente conas. Não gostamos disso, pois não? Pois. 

(mas, caro leitor, se fores gajo e estiveres a pensar fazer piadas do género "não gostamos de conas? só se fores tu!", podes ir andando porque não tenho paciência, boa? boa.)

segunda-feira, 5 de maio de 2014

imma be a couch potato too!

Acho que as pessoas deviam aprender a não menosprezar as pequenas conquistas das outras - afinal, não gozamos com um monstrinho de berço à força toda no dia em que ele dá o primeiro passo, só porque já fomos a fátima a pé, não é?

Então, percebam, eu tenho sentimentos, e quando eu digo que não tenho paciência para séries, não tenho mesmo. Mas, naquela de começar a perceber do que é que os outros falam e porque só ouvia dizerem bem da série, mandei uma mensagem a uma amiga, toda orgulhosa, a dizer que vi o primeiro episódio de modern family. A resposta? Uau, o primeiro... filha, eu já vi quatro temporadas.

Magoou, ok? Pelo menos, estou a tentar.

e olá!

Hoje foi o dia em que, por mero acaso, disse a uma rapariga com quem me cruzo quase diariamente o nome do meu blog e ela me disse, espantada, que costumava ler e que gostava.

E isto, caras alforrecas, é uma definição de orgasmo blogosférico: encontrar alguém do meu dia a dia que lê o que escrevo sem ser para cuscar, porque nem sonhava que era meu. Soube estupidamente bem!

ontem

Disseram-me que devia ser realmente difícil de lidar comigo porque eu pareço ser daquelas pessoas que tem de ter tudo feito como quer, e preciso de ter tudo muito bem decidido antes de avançar. O triste é eu perceber que sim, que é verdade, e eu sou mesmo a gaja chata que precisa de ter tudo claro na cabeça antes de encerrar qualquer assunto. E não, não desisto até que isso aconteça - mas, quando esqueço, esqueço a sério. Se eu disser que um assunto acabou, acabou mesmo.

Deve ser por isto que toda a gente me adora e eu tenho tantos amigos que a minha vida social resume-se, essencialmente, a sete gatos e um cão.

domingo, 4 de maio de 2014

da frustração

Desde quinta feira que me sinto uma sexagenária obesa e faço de tudo para mexer pouco mais do que os olhos, naquela de minimizar os danos - doem-me as costas pra caralho, e agora também me dói a barriga de cada vez que inspiro. Porquê? Não sei, não faço ideia - mas recuso-me a ir ao médico, senão qualquer dia torno-me numa daquelas velhas que levam a saquinha dos naperons para fazer renda na sala de espera. Cruzes! Mas eu nunca mais me livro de hospitais, não?

wondering

Nunca consegui perceber se as testemunhas de jeová andam mesmo a tentar converter os outros à religião delas, ou se são só pessoas que gostam de fazer caminhadas e têm fetiches por campainhas - mas é só a cena mais estúpida de sempre.

Há 18 anos que a real famelga tenta fazer de mim católica, e tudo o que me conseguiram incutir foi meia dúzia de dúvidas sobre a existência ou não de um deus. Esta gente acha mesmo que me consegue arranjar uma religião em cinco minutos?

sábado, 3 de maio de 2014

nem sei se rio ou se choro

Outra das razões para a convivência comigo não ser tarefa fácil, é o facto de eu ser um autêntico furacão - e não, não uso a metáfora para dizer que tenho uma daquelas personalidades fortíssimas dignas de um par de colhões. Isso até seria bom, mas eu sou um furacão no sentido triste da palavra; onde eu passo, deixo um rasto de destruição. Sou a coisinha mais atoleimada que vocês consigam imaginar; estão a ver aquela criatura desajeitada que, nos filmes americanos, invariavelmente, derruba uma pilha de latas de salsichas num supermercado? Essa sou eu. A que se engasga a falar, troca-se toda e acaba por dizer mais do que deve. A que vai contra as pessoas a toda a hora porque é difícil fazer manobras em segurança com um cu de três quilómetros. A que ontem quase deu com a mala na cabeça de uma gaja que estava sentada na esplanada, porque é despistada e se esqueceu de que podia ser boa ideia não andar como se tivesse um foguete entalado no cu, ali, no meio de tanta gente. A que tentou levantar o braço de uma rapariga para ver se era verdade que tinha tranças nos sovacos, e sem querer lhe apertou a mama. Juro. Eu sou a que faz sempre asneira. E o pior é que ainda me rio por cima, porque não basta mostrar às pessoas que tenho um atraso mental profundo, ainda me dou ao luxo de lhes dizer que gosto disso. Enfim.

"isso até parece mal de se dizer no porto, patrícia!"

Seis pessoas à mesa.
Cinco pedem francesinha porque não há ninguém no mundo que não goste de francesinha. Menos a patrícia, claro.

O meu hambúrger também estava bom, obrigada.

ontem

Estávamos os seis a comer um gelado quando eu vejo que ao canto estava um casal com um monstrinho de berço, vá, bonitinho por sinal. O puto olhou para mim. Eu olhei para ele. Ele continuou a olhar. Fiz-lhe uma careta. Começou a chorar.

Primeira fila do inferno ou das cirurgias plásticas?

dos maus hábitos

Começo a acreditar que existem algumas semelhanças entre mim e a kristen stwart - não, infelizmente, não sou gira como ela, mas sou a coisa mais inexpressiva de sempre. E isto pode parecer engraçado, mas eu começo a ficar realmente chateada comigo mesma - foda-se, mas custava muito eu mostrar o que sinto de vez em quando? Tenho que usar a cara de cabra-assassina mesmo quando o que sinto é o contrário? Sei lá. 

sexta-feira, 2 de maio de 2014

e pronto

Por termos almoçado numa esplanada com uma vista linda, linda, linda, tentámos tirar uma selfie - seis alminhas à mesa: os dois da frente, todos esticados e com queixo triplo, os do meio, a chegarem-se para o centro da mesa e as de trás a fazer manobras de contorcionismo para entrarem na foto. 

Quem é que ficou bem? Os dois emplastros desconhecidos que se fizeram à foto e ficaram no meio de nós todos. Boa.

dos ódios

Tenho um ódio de estimação por aquelas pessoas - chataaaas que só elas - que passam a vida a ler nas entrelinhas, de maneira a arranjar uma forma de direcionar tudo para o lado delas. Uma pessoa pode estar a falar do tsunami da malásia, mas a pessoa vai continuar a achar que isso está relacionado com aquele dia em que, por volta de 1829, nos entornou água em cima. Ou então, estamos a dizer que lhe vamos dar um presunto, e quando damos pela criatura, ela já está a pensar que pode levar um presunto, três chouriços e um salpicão. Isso enerva-me. É só.

imperdoáveis

Um dos erros crassos dos que se regem pelas frases feitas, é interiorizarem que quem ama, perdoa, e esquecerem-se de que também o perdoável tem os seus limites. Por vezes, pode ser difícil delimitá-los, mas existem. 

Era importante as pessoas perceberem que, por mais que seja crucial respeitar os outros, é essencial metermo-nos em primeiro lugar. E que, por mais que gostemos de alguém, chega a uma altura em que não dá para continuar a fechar os olhos a erros sistemáticos que, no fundo, sempre soubémos que nunca seriam corrigidos. Ninguém muda por ninguém, a não ser que queira mudar - e isso é raro. Raríssimo. E necessita de uma maturidade que me parece ser cada vez mais escassa.

outra vez o ódio

Hoje é dia de dizerem a toda a gente que são benfiquistas desde que a vossa mãe vos cuspiu pelas partes baixas e que estão muito orgulhosos do vosso clube. E, se não forem benfiquistas, também é dia de nos dizerem que no ano passado fomos a três finais e que nem uma taça de gelado ganhámos. 

Go on. É isso que fazem de melhor, inúteis!

isso de gostar

Gostar de alguém é um negócio complicado. Uma pessoa começa por tentar trocar só um bocadinho da atenção com outra pessoa, assim, troca por troca, e quando dá por si já lhe vendeu o coração, a alma, o tempo, e ainda não recebeu mais do que um leve aceno de cabeça em jeito de agradecimento. É complicado, já disse.

Nunca controlamos. E quando estamos suficientemente cegos para dizer que ainda conseguimos voltar atrás, que ainda há volta a dar, é porque já não há mesmo nada a fazer. Gostar é quase como uma droga letal - gostar mata. Já vos falei dos fins do mundo, e gostar de alguém, não correndo bem, dá-nos direito a um fim do mundo por dia. Quanta generosidade, nossa senhora. Mas, correndo bem, é a melhor coisa do mundo.

O absurdo é achar que se gosta sempre, que se gosta em linha reta, que não existem picos. Às vezes gosta-se pra caralho porque as coisas andam bem e o coração parece querer explodir de alegria, outras não se gosta nem um bocadinho porque as coisas andam mal e as desilusões parecem querer consumir todas as alegrias passadas - mas gosta-se todos os dias. Uns mais, outros menos, mas só desaparece quando esses picos deixarem de existir.

Gostar de alguém é realmente complicado - não é fácil dizer a alguém de que gostamos dela. Especialmente quando não estamos habituados a deixar os outros saber que nos têm na mão, é assustador mostrar-lhes que nos podem esmagar assim que quiserem. E é difícil explicarmos a alguém a forma como nos apaixonámos sem dar conta e o quão perdidos nos sentimos no dia em que ele nos começou a fazer falta. E então, nós estamos chateados, realmente chateados, e a pessoa sorri - e, nesse momento, parece o sorriso mais fofinho do mundo porque lhe sentimos a falta e porque, deus, ele nem sonha o quanto gostamos dele e o quanto o queríamos ter perto todos os dias -, e queremos continuar chateados, realmente chateados, porque somos donos de uma razão qualquer. E, de cada vez que ele fala, sentimos uma tempestade nova dentro de nós, porque sabemos o quanto sempre admirámos a capacidade dele de dominar qualquer assunto e de tornar tudo em conversas interessantes. Mas não queremos sentir isso, porque estamos magoados e porque sabemos que é imperativo esquecer - mas demora. E vai doendo, entretanto.

 Gostar é complicado, controverso, e faz-nos parecer autênticos otários que adoram magoar-se - mas às vez, só às vezes, sabe bem. Sabe tão bem.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

boa, patrícia

Para quem duvida da famosa lei de murphy, fiquem sabendo que o homem não podia estar mais certo quando disse que tudo o que poderia correr mal, correria. Aliás, às vezes eu sinto que sou possuída por uma entidade qualquer que passa a vida a testar essa mesma lei em mim.
Ora, amanhã dona lontra vai ao porto - o que é que poderia correr mal?
Vejamos:
  • Tropecei num degrau e agora tenho o pé todo fodido;
  • Voltaram as dores nas costas que eu ainda não percebi de onde vêm;
  • Sinto que em breve sofrerei daquela espécie de aborto espontâneo mensal, seguido das dores do parto do costume;
  • Se interessar para o caso, ainda estraguei uma unha com tinta de caneta, mas isso é o prato do dia.

E o dia ainda nem chegou - já para não falar de que se adivinha complicado. Eu mereço? Pois. Se calhar, sim.

quem nunca?

Tinha planeado ir estudar assim que acabasse de pintar as unhas. Estou a dizer a mim mesma que o verniz ainda não secou. Há 3 horas.

dos dias de que se foge

Mais do que habituada a ver a vida do avesso, tenho já como certo que tudo o que de mal me acontecer será quando menos espero, e que as coisas boas acontecem nos momentos em que eu temia três mil e cem coisas más. 

Talvez por isso, passo a vida a tentar enganar a sorte, a criar medos infundados que sei que não sinto realmente, a ver se pega, a ver se corre bem. Nunca resulta e eu sei disso demasiado bem. Talvez seja por isso que estou com tanto medo. Medo a sério, desta vez.

odisseias

Confesso que me fartei de gozar com a pipoca quando descobri que a mocinha até tinha um outfit especial para ir passear o cão, mas agora vejo-me obrigada a dar-lhe uma certa razão. Nunca se sabe quem encontramos.

Estão a ver aquele fato de treino velho que vocês guardam religiosamente para quando é necessário ir ao supermercado aos sábados de manhã? Queimem-no. O facto de irem só comprar dois quilos de carne e uma lata de salsichas não é desculpa para sairem à rua mal vestidas e de cabelo seboso - nunca sabem quem é que vão encontrar e já bem bastam todas as outras humilhações porque uma pessoa pode passar. 

Ainda ontem, por exemplo, fui ao supermercado com a mommy  e estava lá um grupo de gajos da escolinha - awesome. A minha progenitora achou que era boa ideia espetar-me com uma embalagem de papel higiénico nas mãos, naquela de mostrar aos moços que cá em casa se caga à homem, enquanto eu fiquei a olhar à volta com ar de eu juro que isto não é para mim, nem sei o que é

ser gaja também é isto

Sou horrível no que toca a dramatizar. Ou melhor, sou ótima no que toca a dramatizar, o que, de resto, deve ser o meu único talento sobrenatural - convenci-me de que sabia exatamente o que se passava e agora não consigo ficar quieta por causa disso. 

Juro que não sei porque é que faço isto a mim própria, mas estou a deprimir pra caralho e nem sei se tenho motivos para isso.

dualidades

Estou tão fodida da vida com ele que não quero sequer que ele se chegue perto. Then again, fico ainda mais fodida por ele não o tentar fazer porque, oh hell, a última coisa que eu queria era chegar a este ponto. Às vezes nem eu sei o que quero, bah.