quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

havia uma a ler, graças a deus, uma calada!

Nunca percebi a micro aldeia que é um centro de saúde - aquela coisa de chegar e dizer bom dia a toda a gente como se fôssemos todos amigos, de ser inteirada do estado do furúnculo, de levar com a habitual disputa de maleitas porque, velha que é velha, quer ter a certeza de que é mais doente do que as outras, e ainda ouvir todas as fofocas sobre as marias, as fernandas, os zés miguéis, desta vida que eu não faço a menor ideia de quem são mas, naquele bocadinho que me pareceu infinito, aprendi serem uns porcos, uns ladrões, uns malandros.

Uma pessoa volta para casa com as bichezas recém adquiridas naquele antro de doenças e com notícias mais frescas e fidedignas do que as do correio da manhã - mas eu não digo bom dia nem desejo as melhoras a desconhecidos. Ah, deixem-me em paz!

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