Nem sempre as coisas importantes para nós são assim tão importantes para os outros: talvez se eu não fosse alguém tão estupidamente só, talvez se eu não estivesse tão sedenta de construir memórias mais ou menos felizes, talvez se eu não fosse alguém que tenta sempre fazer o melhor que pode pelas pessoas de quem gosta, talvez se eu não fosse eu, isto não me afetasse tanto. Mas afeta, caramba.
Detesto estar entusiasmada com alguma coisa que nunca chega a acontecer. Detesto estar sempre à espera desse momento, que para mim seria especial, e ele escapar sempre, diante dos meus olhos. Para os outros, pode ser uma parvoíce - mas magoa-me mesmo porque sei que sou capaz de mover este mundo e o outro para fazer os planos funcionar. Magoa-me porque tento sempre o meu melhor mas parece que fico sempre àquem - sempre à espera de outros tempos. De tempos em que eu já mereça que façam por mim o que faço pelos outros.
E cansa, que cansa.
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