sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

o drama, o horror, a tragédia

Sempre vi e ouvi gente a queixar-se das cabeleireiras - ora porque lhes queimavam o cabelo, ora porque têm uma dificuldade imensa em perceber que é possível cortar só as pontas e não é necessário entrar no salão tipo rapunzel e sair uma beatriz costa. 

Eu nunca sofri disso.
A minha cabeleireira é uma santa, uma enviada especial de deus criada à medida das minhas exigências capilares: pode parecer um mito mas, acreditem, é possível dizer faz o que quiseres e sair de lá realmente feliz com o resultado. 

É, provavelmente, a única da espécie que eu vi a trabalhar com prazer, a gostar do que fazia. A esmerar-se para ter um resultado agradável, bonito - e tinha uma paciência de jó para me aturar. A mim e à minha tendência tola para as cores estranhas e para as misturas incomuns.

E agora?
Fechou o salão.


O que é que eu faço à minha vida, deus? O quê?

3 comentários:

Anónimo disse...

Rapa o cabelo e arranja duas ou três perucas (não são pirócas lol) para ires variando. xD

Joana disse...

Os meus pêsames.
No dia em que encontrar uma cabeleireira assim, irei manter-me fiel para o resto da vida. Mas por enquanto, em 29 anos de vida, as únicas vezes em que repeti uma ida à mesma cabeleireira, foi apenas por conveniência.

ernesto disse...

Joana, eu tive uma má antes desta, confesso. Essencialmente porque o salão dela parece a sala de convívio da terrinha e ela até se dá ao luxo de parar para conversar, além de que estava tão habituada às velhotas que fazia uns cortes sem graça, sem brio nenhum, e quando o assunto era coloração... valha-me nossa senhora. Era o horror.

Esta não. Era o anjo das cabeleireiras! Conseguia trabalhar em silêncio ou sem ser intrometida. Quando falava, era uma querida. E, sobretudo... sabia bem o que estava a fazer :(