Cheguei muito antes da hora marcada e fiquei à porta, indecisa entre tocar à campainha ou esperar que alguém me abra a porta.
Aparece um rapaz. Pergunto-lhe se também vem para a entrevista e ele diz-me que sim; encosta-se à parede e esperamos os dois, olhando o relógio volta e meia para vigiar as horas. Ainda era cedo.
Ele mexia no telemóvel e eu pensava na vida: o som dos elevadores de andar em andar fazia-me lembrar o quão agradável foi subir pelas escadas, até ao 7º andar, tão constipada que achei que ia explodir a meio. Assoava-me em silêncio e tentava explicar a mim mesma como é que acabei à porta de uma empresa sem fazer ideia do que era suposto fazer ali.
Nisto, o moço pergunta, baixinho:
- olha... tu por acaso sabes o nome da empresa? é que eu não...
Respirei fundo, triunfante: graças a deus, deu-me a febre dos blocos de notas. Foi bom sentir que alguém estava ainda mais perdido do que eu.
3 comentários:
Realmente... Tu perdida e ele ainda mais!
É bom ir para uma entrevista e nem saber como se chama a empresa :D
Não interessa... são todas a mesma merda eheheh.
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